O preço futuro do boi gordo segue em queda, com o vencimento para maio de 2025 abaixo de R$300,0 por arroba pela primeira vez em 2025.
O mercado futuro do boi gordo segue pressionado e precificando um movimento de queda no curto prazo, como pode ser visualizado pelo comportamento do preço esperado da arroba para maio de 2025 (primeira Figura).
É interessante observar, como temos destacado pela participação, por tipo de investidor, no mercado futuro do boi gordo que, esse movimento de queda era, até certo ponto, esperado por parte dos pecuaristas, uma vez que o saldo de posição de venda pelo investidor Pessoa Física segue aumentando em fevereiro.
A Figura abaixo ilustra a evolução diária do preço do boi gordo no mercado futuro, para maio de 2025 (B3) em Reais por arroba.
No mercado físico, o preço do boi gordo também caiu na parcial de fevereiro, embora em menor intensidade que o mercado futuro, o que resultado no aumento da diferença entre o preço esperado e atual da arroba.
O contrato para vencimento em maio de 2025 como os de abril e junho de 2025 precificam uma queda em torno de R$20,0 por arroba frente a referência da B3 no mercado físico (Datagro), como mostram os dados da segunda Figura.
O interessante é observar que a partir de julho o mercado futuro já precifica uma gradativa melhora de preço, ainda que igualmente segue abaixo da cotação atual do mercado físico, mas mostra uma tendência de recuperação a partir da segunda metade do ano.
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre fevereiro e agosto de 2025, em Reais por arroba, no dia 18 de fevereiro, considerando os valores do after-market.
O preço futuro do boi gordo segue precificando queda frente ao físico ao longo da primeira metade de 2025 em fevereiro (18), com deságio de cerca de R$20,0 por arroba para os vencimentos entre maio e junho de 2025.
Esse movimento de queda no curto prazo é de certa forma esperado pela fase do ano. Contudo, a oferta de animais para o abate tende a diminuir, especialmente com a recuperação mais consistente do preço da reposição e o estímulo da atividade de cria.
Com relação a demanda, a exportação segue nos patamares recordes em 2025, praticamente estável em relação a 2024. Aliás, a média diária de exportação de carne bovina in natura do Brasil mostra recuperação na parcial de fevereiro de 2025 e caminha, caso os dados permaneçam nesse ritmo, para novo recorde de embarque em um mês de fevereiro.
Fonte: Farmnews
