De acordo com um relatório da Agrifatto, na última quinta-feira (23/02/23), o jornal mexicano El norte divulgou que o México deve habilitar o mercado brasileiro para a exportação nas próximas semanas.
A informação foi confirmada pelo jornal Valor Econômico e segundo a reportagem um representante do governo mexicano confirmou a informação e justificou que “o intuito da medida é aumentar a oferta da proteína bovina no mercado interno e assim reduzir preços”. Segundo a informação, frigoríficos de 14 estados livres de febre aftosa com vacinação seriam beneficiados.
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O México figura entre os 15 maiores importadores e no TOP 10 consumidores de carne bovina do mundo, logo destaca-se que a habilitação deste mercado para a cadeia pecuária brasileira deve ter um impacto positivo sobre as exportações. Ainda assim, algumas pontuações necessitam ser feitas sobre o mercado mexicano.
As importações de carne bovina por parte do México recuaram 26,67% nos últimos dez anos, saindo de 225 mil toneladas em 2013 para 165 mil toneladas em 2022. Sendo que 99% da carne bovina importada pelo México veio dos EUA e do Canadá.
No mesmo período o consumo interno de proteína bovina cresceu 3,18%, saindo de 1,88 milhão de toneladas para 1,94 milhão de toneladas, no entanto, quando se visualiza o consumo per capita houve um recuo de 5,07% no comparativo de 10 anos, já que em 2013 um mexicano comia em média 16,07 quilos de carne bovina e em 2022 esse número recuou para 15,25 quilos.
A explicação para essa movimentação pode estar na prioridade que as indústrias do país dão para as exportações de carne bovina para os EUA, já que a produção não conseguiu evoluir no mesmo ritmo. Nota-se que de 2013 a 2022 as exportações de carne bovina do México cresceram 172%, atingindo 400 mil toneladas em 2022, o maior volume da história. Ou seja, mesmo que a produção no país tenha crescido 21% nos últimos dez anos, a exportação foi o principal destino dessa carne, e os EUA é o principal comprador da carne bovina mexicana.
Diante dessa contextualização nota-se que há espaço para que a carne bovina brasileira adentre de maneira competitiva o mercado mexicano, podendo inclusive estimular o aumento de consumo interno, que está estagnado há mais de uma década. Inclusive uma das movimentações que podem ocorrer no país é a entrada de carne brasileira no país e a saída de maiores volumes de carne mexicana para os EUA, visto que os EUA normalmente paga preços melhores que os observados internamente no México.
Fonte: Agrifatto