O valor da tonelada embarcada ficou em US$ 4.158 no mês passado
As exportações totais de carne bovina do Brasil, considerando produtos in natura e processados, alcançaram 206,05 mil toneladas em março, aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita com os embarques avançou 21%, para US$ 856,9 milhões, mesmo com o preço médio da proteína em queda, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta segunda-feira (15/4).
O valor da tonelada embarcada ficou em US$ 4.158 no mês passado, versus US$ 4.356 em março de 2023, quando os preços já estavam mais baixos que em anos anteriores, mostrou o levantamento da entidade com base em dados do governo federal.
No primeiro trimestre, o volume de exportação da carne foi de 672,33 mil toneladas (+35%), e o faturamento chegou a US$ 2,712 bilhões no mesmo (+20%).
A China continua na posição de liderança entre os destinos da proteína brasileira, com participação de 41,1% do total movimentado, apesar de ter reduzido essa fatia de mercado – em 2023, o percentual era de 45,7%.
De acordo com a Abrafrigo, no primeiro trimestre deste ano, os chineses importaram 276,34 mil toneladas (+21%), com receita de US$ 1,222 bilhão (+9,4%). Os preços médios pagos pela China caíram de US$ 4.900 por tonelada em 2023 para US$ 4.420, mas o volume maior sustentou o faturamento.
Os Estados Unidos, segundo maior comprador do produto brasileiro, tiveram queda ainda mais acentuada nos preços médios pagos pela carne bovina, que reduziram quase pela metade. O volume adquirido, porém, quase dobrou.
O país adquiriu 112,22 mil toneladas no primeiro trimestre, uma disparada de 93,5%. A receita foi de US$ 330,2 milhões, aumento de 29,8% em relação ao intervalo de janeiro a março do ano passado. Isso porque o preço médio passou de US$ 4.390 por tonelada para US$ 2.940 neste intervalo.
Os norte-americanos passam por um momento de baixa no ciclo pecuário, e oferta restrita de bois para abate. Com isso, cresce a necessidade de importação para utilizar a carne brasileira como um apoio no atendimento à demanda local.
A Abrafrigo ainda destacou que os Emirados Árabes entraram na terceira posição entre os 20 maiores compradores da proteína do Brasil neste ano, saindo da quinta posição. As importações do trimestre chegaram a 41.156 toneladas (+275,4%) com receita de US$ 188,5 milhões (+270,1%).