China solicita documentação para liberar carga brasileira de carne

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Segundo a Consultoria Agrifatto, pedido se refere a cargas já certificadas e que foram embarcadas após o embargo chinês, vigente desde 4 de setembro

A China retomou, nesta terça-feira (26/10), o processo para liberar cargas de carne bovina exportada pelo Brasil após 4 de setembro, quando foram suspensas as certificações por parte do governo brasileiro devido a dois casos atípicos de mal da vaca louca no país. Segundo a consultoria Agrifatto, pelo menos três frigoríficos já foram notificados pelas autoridades chinesas para enviar a documentação relacionada a mais de 300 mil toneladas paralisadas nos portos chineses.

Açougue em Pequim, na China; importações de carne do país atingiram recorde em 2020 (Foto: Tingshu Wang/Reuters)
Açougue em Pequim, na China; exportação de carne bovina do Brasil ao país está suspensa desde setembro (Foto: Tingshu Wang/Reuters)

De acordo com a diretora da Agrifatto, Lygia Pimentel, é o processo normal para que a carne já exportada entre no mercado chinês. Ela destaca que a documentação refere-se à carga já certificada para a exportação, mas embarcada após a suspensão. Ou seja, não está relacionado a um possível fim do embargo chinês, que continua vigente.

“Toda a carga que sai daqui o exportador tem que mandar a documentação oficial para a aduana liberar e fazer o despacho e normalmente essa documentação é enviada ao final do processo. Um pouco antes do navio chegar na China eles pedem a documentação. E finalmente agora foi pedida. Então é mais um bom sinal”, afirma Lygia. 

A diretora da Agrifatto pontua, no entanto, que a situação ainda é vista de maneira bem cética. “A gente esperava que não teria problema, que tudo aconteceria de maneira rápida, mas tudo a gente acha com base na questão técnica, porém aqui tem um pouco de questão política, burocrática, diplomática, uma mistura de coisas que a gente não consegue prever muito bem”, diz.

Segundo ela, os primeiros lotes que chegaram à China em meados de outubro tinham prazo para permanecer nos portos chineses até o dia 29. A partir dessa data, eles teriam que ser redirecionados a outros mercados, inclusive o Brasil, gerando pressão sobre os preços.

“Desde o dia 4 de setembro as cargas começaram a chegar lá e eles pediram para tirar toda carga que estava chegando. Porém, os frigoríficos se recusavam a tirar a carga até vencer o prazo legal, dia 29. E o que aconteceu é que hoje (26/10), antes de vencer esse prazo, a aduana da China falou que poderia mandar a documentação”, explica Lygia. 

Lygia conta ter recebido a informação de um importador chinês que participava da reunião semanal da consultoria. “Pela experiência dele de importador, ele viu a notícia com bons olhos. Ele estava bem animado ali. Agora a gente está torcendo para que a coisa se desenvolva bem, para que a documentação seja aceita e que não haja problema”, completa.

Fonte: Globo Rural

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