O Brasil será responsável por 29% das exportações mundiais de carne bovina em 2030, conforme aponta o relatório do Departamento de Agriculta dos Estados Unidos (USDA). Nos próximos nove anos, as exportações terão um aumento de 41,8% no volume.
O país seguirá como o principal exportador do produto no mundo e os Estados Unidos aparecerão logo em seguida, com uma fatia de 11,4% do mercado. As informações são da CNN Brasil.
De acordo com o relatório, a alta acontece por conta da maior demanda por carne bovina e pela estagnação de outros países na exportação do produto.
Com relação à carne suína, o Brasil deve pular de quarto maior exportador para terceiro, ultrapassando o Canadá. O primeiro lugar segue ocupado pela União Europeia e o segundo pelos Estados Unidos.
Produção x exportação
Além do aumento na quantidade de carne destinada a outros países, o Brasil também ampliará sua atual capacidade de produção de 10 milhões de toneladas anuais para 12,4 milhões em 2030.
Entretanto, apesar de ser o país que mais exporta, não é o que mais produz, já que perde para os 13,3 milhões de toneladas dos Estados Unidos. O motivo estaria relacionado ao fato de que o mercado interno norte-americano consome mais carne bovina do que o brasileiro. A explicação para isso tem a ver, inclusive, com o quanto cada população consegue gastar no alimento.
“O mercado doméstico dos Estados Unidos tem uma preferência para esse tipo de proteína. É um hábito cultural deles, assim como dos brasileiros, de comer muita carne. No entanto, o poder aquisitivo é que define qual proteína animal será mais consumida dentro do nosso país”, disse Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), à CNN.
Ela ainda chama a atenção para o último trimestre deste ano, em que a população brasileira consumiu mais carne de frango e ovo por serem proteínas mais baratas.
Fonte: Yahoo Finanças