O trabalho ambiental realizado por pecuaristas da Liga do Araguaia, em Mato Grosso, terá mais um braço institucional. Na próxima quinta-feira (29), será lançado o Instituto Agroambiental Araguaia, em live às 10h, que poderá ser acompanhada pelo canal do Youtube da Liga do Araguaia.
Conforme nota antecipada à reportagem, o instituto será um novo braço de operações da Liga do Araguaia – movimento de pecuaristas do médio Vale do Araguaia (MT) que fomentam a adoção de práticas sustentáveis na pecuária. Além disso, será “o responsável pela difusão da abordagem agroambientalista no modelo de desenvolvimento da Liga, e responderá pela operação e administração da própria Liga do Araguaia”, diz a nota.
Entre as empresas apoiadoras da iniciativa estão Cargill, Elanco, Friboi, Sumitomo e Zooflora. O grupo responsável pela fundação do Instituto Agroambiental Araguaia é constituído por dez pecuaristas que atuam na região. São eles Alexandre de Cico Annicchino (Fazenda Água Preta), Braz Custódio Peres Filho (Fazenda Sucuri), Caio Penido Dalla Vecchia (Agropecuária Água Viva), Carlos Roberto Della Liberal (Fazenda Paraná), Carmen Maria Bruder da Fonseca (Fazenda Entrerios), Frederico Simioni (Macucão Agropecuária), José Ricardo Lemos Rezek (Agropecuária Rica), Mario Buri (San Carlo Agropecuária), Raul Almeida Moraes Neto (Fazenda Santa Rita) e Pelerson Penido Dalla Vecchia (Agropecuária Roncador).
Para o coordenador executivo do IAA, José Carlos Pedreira de Freitas, o objetivo será “agregar à dimensão do agro brasileiro sua dimensão ambiental, no exercício diário do entendimento de que ambos estão totalmente conectados, trocando benefícios entre si, criando valor e vantagens competitivas”.
O instituto terá também a importante missão ser um dos porta-vozes do movimento agroambiental para a sociedade em geral, indicando e fortalecendo a condição natural do Brasil para ser uma “potência agroambiental”, na definição da Liga.
Na pauta do instituto, estarão questões como produtividade e resultado, com foco na gestão da produção e de boas práticas agropecuárias, redução de emissões de gases de efeito estufa; Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), diversificação, inclusão e comunicação.
Para Pedreira, a sinergia entre produção agropecuária e meio ambiente pode ser demonstrada por um dos seis projetos em adoção pela Liga do Araguaia, finalizado recentemente, denominado “Carbono Araguaia”. Com resultados divulgados em março, confirmou-se a capacidade de redução de gases de efeito estufa dos modelos tropicais de intensificação na pecuária de corte. Pedreira comenta que 113,9 mil toneladas de gás carbônico equivalente foram mitigadas no projeto, além da melhoria em indicadores produtivos, como recuperação de 43 mil hectares de pastagens, aumento do rebanho de 73.127 para 107.048 cabeças na mesma área, aumentando a lotação para 1,4 cabeça por hectare – ante 0,89 anteriormente.
Ao grupo inicial de fundadores se agregarão membros plenos e efetivos participantes do movimento Liga do Araguaia, que conta atualmente com 62 fazendas participantes dos seis projetos em andamento ou finalizados pela Liga.
Fonte: Broadcast