Preço da carne bovina na China indica breve retomada das importações do Brasil

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Segundo analista do Rabobank, manutenção das cotações mesmo após suspensão das compras indica pouca preocupação com a oferta no país

Suspensas há mais de um mês, as exportações brasileiras de carne bovina para a China devem ser retomadas “em breve”, avalia o analista de proteína animal do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. De acordo com ele, o fim da suspensão deve ocorrer ainda em outubro, uma vez que o mercado chinês não tem reagido a restrições de longo prazo.

“A dependência não sé só do nosso lado, a nossa participação no mercado chinês também está aumentando muito. Os dados parciais mostram que 40% do que a China importou este ano veio do Brasil. No ano passado, esse número era de 31%”, destaca Yanaguizawa. Segundo ele, o fato de os preços locais da carne bovina não terem registrado aumentos muito fortes indica que a suspensão do Brasil representaria um impacto esperado pelos importadores chineses.

“Eles não estão pretendendo segurar essa suspensão por um tempo muito longo, caso o contrário, em termos de planejamento, eles já estariam aumentando o preço no mercado interno para mitigar essa menor oferta”, explica o analista. Ele lembra ainda que, no caso da carne bovina, o governo não mantém estoques regulados, como no caso da carne suína, o que reflete em maior volatilidade do mercado local às oscilações na oferta.

“Porque, se eles querem manter a suspensão, automaticamente estão assumindo que vão ter que pagar mais caro ou mudar o tipo de demanda, porque vale lembrar que as carnes que o Brasil, a Argentina e o Uruguai exportam são produtos diferentes”, explica Yanaguizawa. Enquanto o Brasil exporta carnes do tipo “ingrediente”, usada na composição de outros produtos industrializados, Argentina e Uruguai ofertam carnes de maior valor agregado e vendidas in natura nos mercados chineses.

“Por isso, se eles quiserem fazer uma mudança para começar a importar um pouco mais da Argentina para compensar a queda do Brasil, automaticamente terão que fazer um ajuste em termos de quais produtos serão importados”, completa o analista econômico do Rabobank.

Fonte: Globo Rural

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