Na B3, o mercado segue alternando entre dias de alta e de baixa. Desta vez, o pregão foi marcado por leve recuperação dos contratos futuros
Boi: mercado segue apreensivo com incerteza em relação às exportações
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o compasso de espera em relação às exportações de carne bovina para China segue gerando apreensão no mercado físico brasileiro do boi gordo. Nesta semana, toda a expectativa dos frigoríficos e dos pecuaristas fica novamente voltada para a resolução do caso.
Na B3, o mercado segue alternando entre dias de alta e de baixa. Desta vez, o pregão foi marcado por leve recuperação dos contratos futuros do boi gordo. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 299,50 para R$ 301,35, do outubro foi de R$ 304,20 para R$ 306,05 e do novembro foi de R$ 313,30 para R$ 315,00 por arroba.
Milho: preços ficam praticamente estáveis
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), ficou praticamente estável. A cotação variou -0,04% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,71 para R$ 93,67 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,1%. Em 12 meses, os preços alcançaram 60,17% de valorização.
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do milho tiveram um dia de comportamento misto, mas com as altas predominando na curva. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 93,04 para R$ 93,25, do janeiro de 2022 passou de R$ 94,15 para R$ 94,53, do março foi de R$ 94,28 para R$ 94,47 e por fim, do maio saiu de R$ 89,46 para R$ 88,83 por saca.
Soja: cotações encerram semana com leve queda
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -0,29% em relação ao dia anterior e passou de R$ 175,95 para R$ 175,44 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 14%. Em 12 meses, os preços alcançaram 26,07% de valorização.
Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja chegaram a operar em alta em grande parte do dia e ficaram próximas de romper os US$ 13 por bushel. Porém, a pressão de venda com a realização de posições compradas acabou prevalecendo. O vencimento para novembro recuou 0,93% na comparação diária e passou de US$ 12,96 para US$ 12,84 por bushel.
Café: câmbio garante firmeza, apesar de queda em Nova York
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil seguiram firmes, com o dólar sustentando o mercado, apesar da queda em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 1.080/1.085, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou inalterado em R$ 1.085/1.090 por saca.
Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica encerraram a semana em queda e praticamente apagaram os ganhos observados nos dois dias anteriores. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve desvalorização de 0,93% na comparação diária e passou de US$ 1,8815 para US$ 1,864 por libra-peso.
No exterior: mercado se prepara para decisão de juros nos EUA
O destaque da agenda econômica nos Estados Unidos nesta semana é a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), com a decisão sobre política monetária do Banco Central (Federal Reserve), marcada para quarta-feira, 22. Os investidores seguem no aguardo de novas sinalizações sobre a retirada de estímulos monetários.
O mercado também está atento à evolução da pandemia nos Estados Unidos e teme que a piora recente nos dados acabe justificando novas medidas de restrição em algumas regiões. Em relação às commodities, o feriado na China no início da semana deve trazer ainda mais incerteza às negociações do minério de ferro no mercado internacional.
No Brasil: monitor do PIB da FGV aponta crescimento de 0,6% em julho
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o PIB brasileiro avançou 0,6% em julho na comparação com junho, segundo o monitor do PIB da instituição. Os números ficaram em linha com o indicador IBC-Br do Banco Central. Na comparação com julho do ano passado, a atividade econômica cresceu 6,6% em 2021.
Pressionado pela queda dos preços do minério de ferro e pelo anúncio do governo de aumento do IOF (Imposto sobre operações financeiras), o Ibovespa voltou a cair. Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 2,07% na comparação diária e ficou cotado aos 111.439 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,33% e passou de R$ 5,266 para R$ 5,282.
Fonte: Canal Rural