Mercado do boi gordo trava, e preços físicos da arroba mantêm estabilidade nas praças brasileiras

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Nas praças paulistas, o preço do macho terminado ficou estável na comparação com o preço da quarta-feira, ou seja, segue valendo R$ 310/@ (preços brutos e a prazo),

Nesta quinta-feira (2/9), os negócios envolvendo o setor produtivo da pecuária de corte praticamente pararam.

Todos os envolvidos aguardam ansiosos uma declaração mais esclarecedora por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a veracidade ou não de um novo caso, em Minas Gerais, de “vaca louca” atípica (Encefalopatia Espongiforme Bovina – BSE, na sigla em inglês).

Pelo levantamento realizado hoje pelas consultorias de mercado, apesar do atual quadro de preocupação manifestados pelos agentes de mercado e analistas do setor, os preços físicos do boi gordo permaneceram estáveis nas principais regiões pecuárias do País, na comparação com os valores registrados na quarta-feira.

Nas praças paulistas, o preço do macho terminado ficou estável na comparação com o preço da quarta-feira, ou seja, segue valendo R$ 310/@ (preços brutos e a prazo), informa a Scot Consultoria.

As cotações da vaca e novilha gordos também andaram de lado nas regiões paulistas, negociadas em R$ 292/@ e R$ 307/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

No entanto, no mercado futuro do boi gordo, negociado na B3, todos os contratos com vencimentos em 2021 registram quedas acentuadas na última quarta-feira (1º de setembro), refletindo a preocupação com uma possível paralisação das exportações de carne bovina, caso seja confirmado a existência de um animal contaminado pela doença de “vaca louca” atípica em Minas Gerais.

Os contratos futuros com vencimento em outubro/21 e novembro/21 recuaram, respectivamente, R$ 13,60 e R$ 11,55, para patamar R$ 296,95/@ e R$ 306,70/@, respectivamente.

O contrato de vencimento mais curto, apresenta significativa variação negativa de R$ 13,60, atingindo R$ 296,40/@.

Outro fator que ajuda na paralisação de negociações de mercado físico do boi gordo é a ameaça de greve por parte dos fiscais agropecuários, além do quadro de escassez de contêineres na região Sul do País.

“Diversos fatores criam a tempestade perfeita para a paralisação do mercado pecuário em todo Brasil”, apontam os analistas da IHS Markit.

Segundo a Scot Consultoria, a BSE atípica já ocorreu algumas vezes no Brasil, sendo a última vez em meados de 2019.

A BSE atípica é uma doença que acomete aleatoriamente animais de idade avançada e não tem nada a ver com questões relacionadas à alimentação do gado ou sanidade da cadeia, esclarece a Scot.

“Tanto é que o risco de BSE no Brasil continuou como “insignificante” após 2019, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”.

Neste momento, os agentes do setor pecuário, incluindo frigoríficos e pecuaristas, demostram enorme preocupação em relação ao mercado da China, disparado o maior cliente da carne bovina brasileira.

Uma eventual paralisação dos embarques ao gigante asiático pode afetar significativamente a procura por animais terminados e, consequentemente, os preços entre os elos do setor, dizem os analistas.

Pelo acordo atual com o governo da China, o Brasil se compromete a suspender os embarques de carne bovina caso haja confirmação de casos de BSE.

“Em 2019, houve essa suspensão, mas em duas semanas os embarques foram novamente liberados”, relembra o analista Hiberville Neto, da Scot Consultoria.

Naquela ocasião, continua Neto, a cotação do boi gordo cedeu 3,6%, mas os preços futuros abriram oportunidades interessantes para travar a compra de arrobas (travar reposição).

“Obviamente, esta situação de incerteza afeta os ânimos, ainda mais quando o vendedor tem gado em confinamento, com data de abate muito menos maleável”, observa Neto.

Segundo o analista da Scot, em 2019, quando a notícia de caso de “vaca louca atípica se confirmou no Brasil (na região do Mato Grosso), o setor pecuário passava por um período de transição entre o final da safra e início da chegada de gado confinado.

Do lado de dentro da porteira, diz a IHS Markit, os pecuaristas seguem tentando operar com valores alinhados as máximas vigentes, de forma que seus índices de rentabilidade não sejam demasiadamente afetados pelos elevados custos de produção.

“Até o momento, a falta de negócios efetivados no mercado físico do boi gordo evita a queda de preços”, ressalta a IHS.

Exportação mensal recorde – Com o encerramento de agosto, foram embarcadas 181,6 mil toneladas de carne bovina in natura, um recorde mensal.

O recorde anterior ocorreu em outubro de 2019, com um volume de 170,5 mil toneladas (Secex).

Estabilidade também no atacado –  No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, também permaneceram estáveis nesta quinta-feira.

A procura por reposição não apresentou reação, em função da dificuldade de escoamento da carne no varejo.

“Os varejistas e distribuidores esperam reação do consumo durante o final de semana, devido ao recebimento dos salários”, observa a IHS.

O feriado de terça-feira (07/09) deve acelerar o recebimento dos salários, concentrando as aquisições de proteína bovina já nos próximos dias, acrescenta a IHS.

Porém, até o momento, as ofertas no atacado seguem superiores ao volume demandado, trazendo instabilidade aos preços.

Cotações máximas desta quarta-feira, 2 de setembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 313/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 292/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 288/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 310/@ (à vista)

vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 299/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 288/@ (à vista)
vaca a R$ 284/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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