Preço das terras para agricultura está em disparada em todo Brasil, em especial no Paraná; Oeste e Sudoeste têm maior valor médio por hectare no Estado.
A terra para agricultura nunca valeu tanto quanto atualmente no Paraná, de acordo com um levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).
Entre os motivos para uma disparada do preço estão o aumento da necessidade de alimentos pelo mundo, o crescimento da demanda por áreas cultiváveis e também a produção de soja.
“O principal motivo é a soja. A valorização desse produto nos últimos anos e principalmente nesse último ano é muito importante. Teve um período da pesquisa que a soja estava com valorização de mais de 90% em relação ao anterior ”, explica o engenheiro agrônomo Hugo Godinho.
As terras, no momento de uma negociação, são classificadas de acordo com os critérios, como o aproveitamento econômico, potencial de uso, fertilidade e tipo de solo, clima e geografia do terreno.
No geral, o maior aumento foi no preço das terras do tipo A-II, que são as áreas cultiváveis com poucos problemas e próprios para grãos, com produtividade acima da média. O preço médio dessa classe no Paraná ficou em R $ 81 mil por hectare, 58% a mais que no ano passado.
Ao analisar a região por região, segundo o levantamento, o Oeste e o Sudoeste do Paraná têm o maior preço médio por hectare no Estado.
O preço médio passa dos R $ 120 mil por hectare em áreas de grande produtividade em Bom Sucesso do Sul (R $ 120 mil / ha), Serranópolis do Iguaçu (R $ 121 mil / ha), Pato Branco (R $ 122 mil / ha) ha) e Foz do Iguaçu (R $ 125 mil / ha).
A valorização ocorre em todas as regiões do Estado. Na Lapa, que fica na região de Curitiba, o hectare está custando mais de R $ 60 mil. No ano passado, estava em torno de R $ 45 mil.
Fonte: G1