O Equivalente Físico (EF) médio no Estado do Mato Grosso alcançou pior patamar em 23 anos, alerta o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac)
A indústria de carne bovina em Mato Grosso está em alerta. De janeiro a abril deste ano, o equivalente físico (EF) do boi gordo indicador que considera a receita que o frigorífico gera ao vender carne com osso no atacado alcançou o menor patamar nos últimos 23 anos. Sinal de que as operações podem estar sendo realizadas com margens negativas.
A análise é do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) e se baseia nas variações mensais médias do indicador, que compara o valor com que se vende os animais para abate e o valor com que se comercializa a carne com osso no mercado atacadista.
Em janeiro de 2021, o EF médio no estado foi de -8,8%, chegando a -14,1% em março e ficando em -13,3% em abril.
Percentuais tão baixos assim só haviam sido identificados em meados de 2008. Em junho daquele ano, o EF aferido foi de -13,72%. Os dados são acompanhados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Um dos aspectos que explica essa conjuntura é a menor disponibilidade de animais para abate no estado. Comparando o primeiro quadrimestre (janeiro a abril) de 2021 com o mesmo período do ano passado, observa-se queda de 11,5% no volume de bovinos abatidos.
Neste ano, Mato Grosso somou 1,418 milhão de animais terminados de janeiro a abril, conforme dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), enquanto que no mesmo período de 2020, foram 1,603 milhão de cabeças abatidas.
Em abril passado, o valor médio do equivalente físico do boi gordo no estado chegou a R$ 259,56/arroba (@), enquanto o preço do boi gordo foi de R$ 299,37/@.
Fonte: Ascom Imac