Arroba encerra a R$ 305 com grande otimismo

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Semana mais curta, assim como a oferta de boi gordo no mercado, apesar da pressão os preços continuam firmes acima de R$ 300 e com otimismo!

O mercado físico de boi gordo teve preços de estáveis nesta sexta-feira, 19. Segundo análise realizada, os frigoríficos ainda se deparam com um ambiente de oferta de boi gordo muito restrito, encontrando grande dificuldade na composição das suas escalas de abate. Sendo assim, os preços continuam acima dos R$ 300,00 para as praças paulistas, referência para as demais praças.

“Muitas indústrias continuaram a regular o ritmo de suas aquisições diante do aperto de suas margens operacionais”, destaca a IHS Markit. Nas últimas semanas, a pressão de baixa nos preços da arroba imposta pelos frigoríficos não surtiu o efeito desejado, pois o mercado continua sendo sustentado pela oferta restrita de animais e pela redução da capacidade de abate entre as indústrias espalhadas pelo País.

Segundo a Scot Consultoria, a oferta curta de boiadas, associada a um escoamento lento de carne bovina no mercado doméstico, explicam esse cenário. Os preços da vaca e da novilha gordas também permaneceram estáveis, negociadas, respectivamente, em R$ 280,00/@ e R$ 290,00/@, preços brutos e à vista. Para os animais que atendem os requisitos para exportação as ofertas de compras chegam até R$ 305,00/@, preço bruto e à vista., destacou a consultoria em seu relatório diário.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 298,97/@, na sexta-feira (19/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 284,87/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 281,31/@.

Já o Indicador do Cepea, fechou a semana com leve desvalorização. Mesmo assim, os preços estão cotados a R$ 303,05/@ para as praças paulistas. A semana encerra com pressão por parte dos pecuaristas que vão cadenciando as vendas focados no preço da reposição.]

Segundo os analistas da IHS, o aumento dos custos gerados pelos atuais patamares recordes dos preços da arroba bovina reforça a necessidade de mudança de postura por parte dos frigoríficos, uma vez que escoamento da produção da carne bovina no mercado doméstico continua tímido e também as exportações registraram ritmo lento nas primeiras semanas deste ano.

Escalas de abate

As escalas de abates encurtaram na última semana na maioria das regiões, pressionando o cronograma dos frigoríficos. As indústrias ainda apresentam dificuldades em compor as programações, principalmente após o feriado de carnaval, onde muitas plantas frigoríficas reduziram suas operações frente à inconsistência do consumo doméstico de proteína bovina.

Em São Paulo, as programações de abate encerraram a semana com 5,0 dias úteis, encurtando dois dias em comparação a semana anterior.

Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, as indústrias encerraram a sexta-feira ambas com 5,0 dias úteis.

Na região mato-grossense e mineira, onde a situação estava crítica, houve uma sútil melhora. Os trabalhos fecharam a semana com 5,0 dias úteis no Mato Grosso.

Em Minas Gerais, a sexta-feira se encerrou com escalas de 4,0 dias.

Nesta sexta-feira, os preços da arroba registraram oscilações distintas entre as praças pecuárias do País, apurou a IHS Markit. “Os primeiros dados que chegam ao mercado pecuário já mostram que os volumes de abates em 2021 estão nas mínimas históricas devido às dificuldades na originação de ofertas de gado gordo”, ressalta a consultoria. Porém, continua a IHS, a volatilidade observada no mercado sinaliza um aparente esgotamento na tendência de alta nos preços da arroba.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 303 a arroba, ante R$ 304 – R$ 305 nesta quinta.

Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado.

Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 290, ante R$ 292 – R$ 293.

Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 296, ante R$ 295 a arroba.

Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 303 a arroba, contra R$ 302.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda aponta para dificuldade em reajustes no curto prazo, em linha com a incapacidade do consumidor médio em absorver novos reajustes da carne bovina, que simplesmente migra para proteínas mais acessíveis, principalmente a carne de frango.

“Somado a isso, precisa ser mencionado o fraco desempenho das exportações neste início de ano, pressionando a margem até mesmo dos frigoríficos habilitados a exportar”, pontua o analista.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 19,90 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, assim como a ponta de agulha, sem alterações.

Fonte: Compre Rural

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