Financiamento para recuperar pasto degradado pode vir de títulos verdes

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Saiba por que a pecuária, através dos green bonds, tem um potencial de recursos da ordem de R$ 291 bilhões até 2030.

O Plano Safra  é de R$ 236,3 bilhões, 6,06% a mais que o da temporada 2019-2020. Mas imagine se a agropecuária pudesse contar com um montante de recursos três vezes maior do que esse valor. Afinal, crédito é fundamental para dar sustentação ao setor. Uma das fontes que podem levar ao aumento da oferta de crédito, e vem ganhando visibilidade, é a captação de financiamentos pelos chamados títulos verdes. E é a criação de gado brasileira que pode ser o carro chefe desse mercado.

Explicando, os títulos verdes (green bonds) são instrumentos de dívida emitidos por entidades financeiras ou não, privadas ou públicas, em que os recursos captados são usados para financiar projetos e ativos sustentáveis. Entre eles estão a recuperação de áreas florestais nativas e o sequestro de gases de efeito estufa. Os títulos verdes são a forma que as empresas têm para captar dinheiro para investimento no ambiente de bolsa de valores, como o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

“A demanda do setor é bem significativa e com inúmeras oportunidades”, diz Leisa Souza, bacharel em Relações Internacionais e coordenadora do Programa de Agricultura da CBI.

Pecuária cada vez mais verde

O carro-chefe de oportunidades em emissão de títulos verdes na pecuária vem da necessidade de capital para um dos maiores gargalos do setor: os pastos.

De acordo com o estudo da CBI, somente para a recuperação de pastagens, o potencial de atração da pecuária é avaliado em R$ 291 bilhões. O dinheiro pode servir para recolocar no setor 75 milhões de hectare, hoje degradados.

Confira os detalhes desse estudo, para os dados relativos à pecuária:

Títulos verdes no mundo e no Brasil

As primeiras emissões de títulos verdes no mundo foram realizadas pelo Banco Europeu de Investimento e pelo Banco Mundial, em 2007 e 2008 respectivamente. Em 2018, esse mercado de financiamento atingiu o volume de US$ 167,7 (R$ 711 bilhões) e, em 2019, US$ 258 bilhões (R$ 1 trilhão).

No Brasil, a primeira emissão de títulos verdes foi em junho de 2015. Hoje, o País é o segundo maior mercado na região da América Latina e Caribe, com US$ 5,9 bilhões (R$ 25 bilhões). No País, essas emissões são pulverizadas. Atualmente, o segmento do agro que mais emite é o de produção de papel e celulose, correspondente a apenas 3% desse total.

Fonte: Portal DBO

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