Segundo pesquisadores do Cepea, consumidores relatam ter estoques e realizam novas aquisições no spot apenas quando têm necessidade
Os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da postura retraída de muitos compradores, do avanço da colheita da safra verão e do bom desenvolvimento da segunda safra em boa parte das regiões.
Em algumas praças acompanhadas pelo Cepea, os valores atuais do cereal já são os menores desde outubro/23.
Consumidores relatam ter estoques e realizam novas aquisições no spot apenas quando têm necessidade.
Do lado vendedor, pesquisadores do Cepea apontam que, enquanto boa parte se mostra mais flexível nas negociações, devido à necessidade de fazer caixa, outros estão afastados do mercado, à espera de recuperações nos próximos meses, fundamentados nas recentes valorizações do dólar – contexto que pode elevar a paridade de exportação – e na possibilidade de uma segunda safra não tão volumosa.
De fato, a Conab indica área 8% menor e produção de 85,61 milhões de toneladas, 16% inferior à da temporada 2023/24.
SOJA
Levantamentos do Cepea mostram que os preços da soja estão mais firmes no mercado brasileiro, sustentados pela valorização externa.
As médias de abril (até o dia 25) dos Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná estão respectivos 2,2% e 2,9% acima das de março e já são as maiores desde janeiro/24 – naquele período, preocupações com o clima sobre as lavouras da América do Sul impulsionavam os valores internos.
Em relação à colheita de soja no Brasil, acompanhamento do Cepea aponta que as atividades se aproximam da reta final.
Segundo a Conab, 86,8% da área cultivada havia sido colhida até o dia 21 de abril, aumento semanal de 3,6 p.p., mas abaixo dos 89% há um ano.
Esse menor ritmo dos trabalhos de campo se deve a precipitações no Sul do País e em parte do Nordeste, ainda conforme analisam pesquisadores do Cepea.
Fonte: Cepea