Manejo de baixo estresse beneficia a inseminação artificial

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Estudo aponta que técnicas racionais geram melhores resultados de prenhez

A boa performance na estação de monta está ligada a diversos fatores, porém, as técnicas de manejo de baixo estresse podem impactar positivamente na melhora de resultados de prenhez.

Durante a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que intensifica a interação humano-animal, a baixa qualidade desse contato pode criar estímulos negativos na saúde e produção animal, fazendo com que as fêmeas não respondam à técnica reprodutiva devido ao estresse e, assim, diminuam a eficiência do protocolo.

Um estudo realizado pela MSD Saúde Animal avaliou os impactos reprodutivos entre o manejo convencional e o aplicado no Criando Conexões, programa lançado no Brasil em 2015 pela companhia e que reforça as técnicas de baixo estresse e o bem-estar animal. A pesquisa foi realizada em parceria com o médico veterinário Pietro Sampaio Baruselli, doutor em Reprodução Animal, pesquisador e professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP).

No estudo, foram avaliadas um total de 801 novilhas Nelore com 14 meses de idade, comparando as práticas do Criando Conexões frente ao manejo tradicional. As novilhas foram divididas em dois grupos com base no peso corporal no início do protocolo de indução de ciclicidade. Ambos os tratamentos utilizaram o mesmo protocolo reprodutivo, e os animais permaneceram em pastagens separadas durante todo o experimento até o dia do diagnóstico de prenhez.

Entre os resultados positivos apresentados pelo manejo de baixo estresse estão a redução na velocidade de fuga na saída do tronco de contenção após a inseminação artificial; menor frequência de coices durante o manejo no tronco no momento da inseminação; e influência positiva na taxa de prenhez. Além disso, foi observado que as novilhas que saíram correndo do tronco de contenção após serem manejadas de forma racional tiveram uma maior taxa de prenhez por IATF do que as fêmeas manejadas de forma agressiva.

O agrônomo e especialista em pecuária Antony Luenenberg, que atua como coordenador de Bem-Estar Animal na MSD Saúde Animal, ressalta a necessidade de olhar com atenção para o bem-estar dos bovinos, especialmente nesse período de estação de monta.

“Já não há como não considerar o bem-estar animal nos sistemas de produção, até mesmo para alcançarmos índices cada vez maiores de sustentabilidade. A educação continuada no setor é assunto sério e que precisa ser considerada por toda a cadeia produtiva”, afirma o especialista.

Mais de 6 milhões de animais já foram manejados pelo Criando Conexões, mais de 6 mil vaqueiros capacitados e 80 colaboradores da MSD Saúde Animal habilitados para disseminar a técnica pelo país.

Fonte: Globo Rural

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