Produção mundial de carnes deve aumentar 14%
Adotando previsões desenvolvidas recente e conjuntamente por OCDE e FAO, a ONU projeta que até o início da próxima década (2031) a produção mundial de carnes deve aumentar 14%, com a carne de frango representando perto de 41% do total, a suína com 34%, a bovina com pouco mais de 20% e a ovina com os quase 5% restantes. Serão, ao todo, 377,2 milhões de toneladas das quatro carnes.
A ONU não faz projeções de volume daí para a frente, mas deixa no ar a sugestão de que a produção de carnes sofrerá forte desaceleração, indicando que o faturamento do setor deve encolher devido ao aumento da produção das carnes alternativas, sobretudo as produzidas a partir da cultura de células animais. Tudo em nome da redução da pegada de carbono.
Se ainda hoje a produção animal natural responde por quase 100% do faturamento do setor, dentro de dois anos estará respondendo por não mais que 90%, índice que recua para 72% em 2030, 55% em 2035 e menos da metade (40%) em 2050.
Até 2035 esse espaço estará sendo ocupado, sobretudo, pelas “carnes” veganas. Mas em 2040 elas estarão respondendo por 25% dos US$1,8 bilhão previstos, enquanto as carnes provenientes da cultura de células animais deterão parcela maior – 35% do bolo.
Tais projeções estão contidas no estudo “Riscos Climáticos no Setor Agrícola”, recém-lançado pelo FINEP FI. A sigla, em inglês, reúne o Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente (FINEP) e o sistema financeiro internacional (FI). Em seu site, o FINEP FI afirma que “catalisa ações em todo o sistema financeiro para alinhar as economias com o desenvolvimento sustentável”.
Fonte: SUISITE