A demanda mundial crescente por alimentos, associada a um mercado de produtos lácteos cada vez mais exigente quanto a origem e aos sistemas produtivos, são uma realidade. Neste cenário, a produção de leite a pasto deve adequar-se a este novo desafio. Portanto, uma produção eficiente terá que se ajustar ao tripé da sustentabilidade: econômico, social e ambiental.
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O pilar econômico refere-se à eficiência financeira da atividade, ou seja: a conta tem que fechar. Já no ponto de vista ambiental, o uso dos recursos naturais deve ser realizado de forma racional. Enquanto no pilar social, leva-se em conta principalmente o bem-estar humano.
Figura 1: Tripé da Sustentabilidade.
Fonte: ASSIS; NUNES (2019)
A utilização do solo dentro da bovinocultura leiteira a pasto em condições tropicais vem se tornando um dos grandes desafios para o produtor, visto a subida dos Valores de Terra Nua (VTN) nos últimos anos, associada às atraentes propostas de arrendamento para grandes lavouras.
Como consequência deste cenário, a integração das áreas de pastagem é vista como uma estratégia de sustentabilidade econômica da atividade leiteira, em função do uso mais racional do solo, mão-de-obra e maquinário, além de uma distribuição melhor de receita em função do tempo.
Nesse contexto, outro grande desafio para o produtor é a utilização do solo na bovinocultura leiteira a pasto em condições tropicais, visto a subida dos Valores de Terra Nua (VTN) nos últimos anos, associada às atraentes propostas de arrendamento para grandes lavouras.
Diante dessa realidade, a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) mostra-se como uma das alternativas de maior eficiência dentre os sistemas consorciados com pastagens. Esta estratégia consiste em associar na mesma área a produção agrícola por meio da formação de uma lavoura, a pastagem com os animais de produção e o componente arbóreo, geralmente para a produção de madeira.
Independente do modelo de ILPF adotado (Tabela 1), a constante cobertura de solo e o sombreamento promovido pela floresta permitirá a proteção do solo contra processos de degradação causados pelo pisoteio, radiação solar e pluviosidade.
Além disso, a fixação biológica de nitrogênio, o sequestro de carbono e a racionalização de insumos externos, gera uma condição favorável também a sustentabilidade ambiental destes sistemas. Essa é atingida quando há uma estabilidade de entrada de insumos externos por meio de uma condição ecossistêmica equilibrada.
Tabela 1. Modelos de sistemas de integração.
Fonte: próprios autores (2022)
O uso de ILPF na bovinocultura leiteira permite também a criação de um ambiente que proporcione bem-estar animal e humano, por meio de sombreamento natural de forma difusa nas áreas de pastagens, minimizando condições de estresse por calor. Afinal, quem não gosta de sombra?
Tais fatores combinados, associados a uma condição de estabilidade financeira dentro da propriedade rural, possibilita a manutenção de empreendedores rurais e agricultores familiares no campo, favorecendo bem-estar humano, segurança alimentar e a sucessão rural. Diante disso, o critério de sustentabilidade social pode ser atingido por meio da adoção da ILPF, mostrando-se uma alternativa que beneficia o produtor de leite em diversos aspectos (Figura 2)
Figura 2. Benefícios do uso da integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF) na bovinocultura leiteira
Fonte: EMBRAPA (2019).
O incremento dos sistemas de ILPF com estratégias de sucessão de plantio, como o uso de agroflorestas sucessionais e diversas, favorecem não somente a sustentabilidade do sistema de produção, como o aumento da produtividade de cada componente por hectare e o fornecimento de receita durante todo o ano.
Diante de todos os desafios que a bovinocultura leiteira a pasto vem passando nos últimos anos, você acredita que estratégias de integração seriam um caminho mais racional desta atividade?
Fonte : Autores André Madeira Silveira França1, Paola Boscollo1, Sara Adna1, Mara Regina Bueno Matos Nascimento1. Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia