Segundo especialista, é preciso ficar de olho na competitividade da carne bovina brasileira no mercado externo, já que o animal segue valorizado no Brasil e o dólar apresenta recuo
Com os preços da arroba bovina seguindo na faixa dos R$ 340,00 (um pouco mais, ou pouco menos, dependendo da região), a firmeza dos preços elevados faz com que o pecuarista restrinja a oferta, ficando “com a bola em baixo do braço”, segundo o pesquisador do Cepea Thiago Bernardino de Carvalho.
Ele explica que este valor deve se manter, ao menos no curto prazo, uma vez que as pastagens voltaram a ganhar vigor com as chuvas e o pecuarista trabalha melhor a oferta no campo. “Há cerca de dois anos essa oferta de animais vem mais enxuta, mas ainda assim, com o uso de tecnologia, a produtividade de carne tem crescido, segundo dados do IBGE”, explica.
As exportações seguem aceleradas, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, atingindo em 9 dias úteis deste mês 87,2% do total arrecadado em todo fevereiro de 2021, e 72% do total exportado em fevereiro do ano passado.
“Apesar disso, é preciso que o mercado preste atenção à essa valorização da arroba, combinada com a questão do câmbio. Co0meçamos 2022 com um dólar a R$ 5,60, e agora chegamos a R$ 5,15, e isso acaba tornando a carne mais cara no mercado externo. A inflação não é um privilégio apenas do Brasil, então os outros países também buscam as opções mais competitivas para afzer suas compras”, disse.
Fonte: Noticias Agrícolas