Busca pelo boi gordo continua mirando a demanda externa pela carne brasileira

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Com o consumo doméstico ainda enfraquecido, frigoríficos evitam acumular estoques nas câmaras frias, cadenciando a compra de boiadas em todo o Brasil

Nesta terça-feira, 15 de fevereiro, o volume de negócios no mercado brasileiro de boiada gorda seguiu cadenciado na maioria das praças pecuárias, registrando mais um dia de estabilidade nos preços da arroba, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Segundo a Scot Consultaria, nas praças do interior de São Paulo, as referências de mercado estão em R$ 337/@ para o boi gordo, R$ 303/@ para a vaca gorda e R$ 327/@ para a novilha gorda (preços brutos e a prazo).

“O mercado paulista segue pouco movimentado, resultado da evolução das escalas de abate, que atendem os próximos dias”, relata a Scot.

De acordo com levantamento da IHS Markit, os mercados nas regiões pecuárias do Brasil se diferem em função da disparidade de oferta de animais terminados e da maior necessidade de compra de algumas unidades frigoríficas.

Enquanto no Centro-Sul do País, as indústrias seguem regulando o ritmo de suas aquisições de gado, realocando lotes em suas escalas de abate em função da oferta restrita, o mercado na região Norte registra ofertas mais confortáveis de animais prontos para abate, resultando em programações que já adentram o mês de março.

“Essa diferença tem reflexo no fluxo dos negócios e avanços nas compras de lotes em algumas praças frente a outras, resultando em forte distanciamento entre preços da arroba entre as regiões”, observa a IHS.

Entre as praças da região Norte, por exemplo, as indústrias voltaram a testar aquisições ofertando preços abaixo das máximas vigentes.

Foram observados movimentos de recuos no Pará (praça de Paragominas), com a arroba do boi gordo caindo de R$ 289 para R$ 287.

“Essa redução é resultado do fluxo adequado de oferta local de boiadas, além de escalas mais confortáveis, que atendem ao volume de programação de abate para abastecimento dos diversos mercados consumidores”, justificam os analistas da IHS.

Por outro lado, diante das melhores condições de pastagem na região Norte, favorecidas pelos bons níveis de chuvas das últimas semanas, não se nota espaço para quedas mais acentuadas nos preços da arroba, observam os analistas, que acrescentam: “Muitos pecuaristas da região ainda buscam segurar a boiada no pasto em vez de fechar negócios a valores mais baixos”.

Nesta terça-feira, a IHS Markit também registrou retração nos preços da arroba nas praças de Goiânia e de Rio Verde, em Goiás – as cotações recuaram de R$ 315 para R$ 312 e de R$ 317 para R$ 310, respectivamente.

“Esta retração é fundamentada pelo arrefecimento da produção destinada para o mercado doméstico, já que o consumo brasileiro de carne bovina não ganha tração para absorver maiores volumes”, relata a IHS.

Muitas unidades de abate de Goiás (e também de alguns outros Estados) se ausentaram dos negócios nesta semana por possuírem escalas prontas até meados da próxima semana, reforça a consultoria.

Com isso, as atenções seguem voltadas para o mercado externo

“Diante do baixo poder de compra dos consumidores brasileiros, as indústrias conseguem angariar margens remuneradoras atuando quase que exclusivamente para atender o mercado externo”, declaram os analistas da IHS.

Há relatos de indústrias no Norte do País que já atuam com cerca de 70% da sua produção apenas para atender a demanda internacional de carne bovina, relata a IHS.

O valor médio da tonelada da carne bovina exportada neste mês de fevereiro está em US$ 5.504, 21% superior se comparado ao preço médio de fevereiro/2021.

As exportações de carne bovina in natura totalizaram 73,45 mil toneladas no acumulado das duas primeiras semanas de fevereiro (9 dias úteis).

O embarque diário foi de 8,16 mil toneladas, ritmo este 43,9% superior da média diária de embarques em fevereiro do ano passado e 21,9% acima de janeiro22.

“Caso o ritmo de embarque diário persista até o final do mês, o volume total exportado de carne bovina in natura deverá alcançar 155 mil toneladas, o que representará um salto de 51,9% frente ao total de fevereiro de 2021”, prevê a IHS.

Cotações máximas desta terça-feira, 15 de fevereiro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 340/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 313/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca R$ 295/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 289/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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