Aos 26 anos, o produtor Antônio Augusto Rodrigues Pascoal faz planos para a Fazenda Estância das Porteiras, em Santo Hipólito, após alcançar importantes melhorias durante o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio do Sistema FAEMG/SENAR/INAES.
Entre os resultados, está o aumento de 372% na produção de leite. Antes, a propriedade mantinha cinco vacas em lactação, e a produção era de cerca de 37 litros por dia. Agora, são 175 litros por dia com 13 animais. A contagem bacteriana total caiu de 74.000 para 11.000, o que também demonstra a evolução na qualidade do leite.
À frente dos negócios junto com o pai há quatro anos, em uma área de 16 hectares, o jovem confessa que não tinha muita noção sobre bovinocultura de leite. “O terreno era alugado para outras pessoas, o contrato venceu e foi quando decidimos tocar. Sabia que queria investir nisso, mas fazia tudo no escuro, sem muito planejamento. Não é assim que deve ser. Ter conhecimento é importante para driblar imprevistos e para quem quer crescer. Hoje, a fazenda é, também, parte de uma das programações preferidas da família, incluindo meu filho Benício, que demonstra carinho pelos animais desde pequeno”.
Quando Antônio Augusto entrou para o ATeG Balde Cheio, a propriedade tinha perdido a pastagem e a produção de volumoso para a estação seca, por causa de uma enchente do Rio das Velhas. Com isso, foi preciso fazer análise da terra, novo plantio e adubação para a reconstrução. Atualmente, já está com dois hectares de piquetes de mombaça plantados, adubados e irrigados, podendo terminar o fornecimento de cana no cocho mais cedo do que outros produtores da região.
Outras mudanças foram necessárias para que os planos se tornassem realidade, como a instalação de sombrite para os bezerros e as vacas para o bem-estar animal; melhoria na estrutura do curral, com linha de cochos e aumento do tamanho linear; utilização de mistura de concentrado; e aumento da área plantada e do plantio de milho irrigado para produção de silagem.
Futuro
Antônio vislumbra o aumento na produção. Além do programa, ele encontrou suporte técnico nos cursos de Cria e Recria de Bezerras e Inseminação. “O agro vale a pena. Tem que arriscar, mas com os pés no chão. Dentro das possibilidades, ouvimos os conselhos e investimos. O desejo, agora, é alcançar 300 litros por dia”. A técnica de campo, Adriana Paiva, comentou sobre o empenho do produtor. “O produtor é interessado, bastante aberto às tecnologias e comprometido com o projeto. O crescimento ocorreu porque ele acreditou no plano de trabalho, gerando resultados estruturais e econômicos”.
Fonte: São da FAEMG, adaptadas pela equipe MilkPoint.