‘Taxas de juros deste Plano Safra, em termos reais, são menores que as do ano passado’, diz diretor de Crédito do Mapa

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Avaliação do Ministério da Agricultura é de que volume de recursos e taxas disponíveis no ciclo atual estão equilibrados

Na visão do diretor de Crédito e Informação do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz, as taxas de juros da atual política de crédito agropecuário são, em termos reais, inferiores às que foram aplicadas no Plano Safra 2020/21. Embora o atual plano oferte taxas anuais que vão de 3% (Pronaf) a 8,5% (Moderfrota), contra um intervalo de 2,75% a 7,5% no ciclo anterior, ele sustenta que é preciso analisar todo o período das operações e outros índices econômicos incidentes. Vaz cita, por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), previsto em 5,9% para o ano de 2021.

Durante o programa Direto ao Ponto deste domingo, 4, o diretor do Mapa disse ainda que os custos operacionais a médio e longo prazo estão maiores. Mas o aporte do Tesouro Nacional teria conseguido amortizar esses aumentos, o que faz as taxas de juros reais serem menores do que as do Plano anterior.

Segundo Vaz, o ministério avalia como positiva a estrutura do atual Plano Safra, principalmente devido ao contexto de elevação de custos e realocação de recursos federais para o combate à pandemia, vivido desde o ano passado. Na visão do Mapa, teria havido uma “convergência de entendimento” e o resultado foi um plano equilibrado entre recursos e taxas de juros.

“Acho que houve, dentro do governo, uma leitura do agronegócio, do que representa isso para a economia brasileira. Essa leitura boa nos ajudou a chegar nos números do Plano Safra”, disse.

Demanda atendida

O consultor da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT), Thiago Rocha, foi o outro convidado do programa. Segundo ele, o pedido da entidade foi atendido quanto à quantidade de recursos para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).

“A Aprosoja havia feito um pleito de R$ 3 bilhões, mesmo sabendo que direcionando recursos para o PCA teria uma redução em alguma outra linha. Mas, no cenário da safra que acabamos de passar, o problema da armazenagem ficou muito visível. E o ministério superou a expectativa […]. A gente avalia como positivo esse direcionamento para o PCA”, afirmou Rocha.

Os recursos destinados à linha PCA para a safra 2021/22 são de R$ 4,12 bilhões, com juros de 5% e 7%. Esse volume é R$ 1,9 bilhão maior do que o ofertado no ano passado.

Fonte: Canal Rural

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