A startup Kimera, criada em 2014 com o apoio da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), informou que desenvolveu uma tecnologia que otimiza os resultados da inseminação artificial para o mercado de reprodução animal. Segundo a empresa, a novidade não utiliza animais em seu processo de fabricação, mantém a eficiência dos produtos atualmente no mercado e tem custo até 50% menor.
Segundo a Kimera, a tecnologia é a primeira versão recombinante do hormônio gonadotrofina coriônica equina (eCG), substância usada para induzir e sincronizar o cio em bovinos e suínos. Também pode ser utilizada para técnicas de reprodução in vitro. “Foram realizados testes em mais de mil animais, com resultados satisfatórios. Com isso, já houve pedido de patente e a expectativa é que, finalizado o processo, a inovação possa chegar ao mercado”.
“Esse hormônio é totalmente produzido em laboratório, sem a necessidade de extração de sangue das éguas ou de qualquer outro animal, e a um custo bem menor”, afirma, em nota, Camillo Del Cistia Andrade, doutor em Genética pela USP e sóciofundador da startup.
A Kimera informou, ainda, que foi uma das selecionadas para a terceira edição do Programa de Desenvolvimento de Negócios do BiotechTown (PND), hub de inovação criado em 2018 e localizado em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, que apoia startups de Biotecnologia e Ciências da Vida. “Além do montante financeiro investido (em torno de R$ 150 mil), teremos acesso às estruturas laboratorial e de planta produtiva do BiotechTown e receberá apoio por meio de mentorias e acompanhamento individual para seu crescimento”, disse a empresa.
Fonte: Valor Econômico