Soja: Prêmios fortes e alta do dólar puxam até 4% preços no interior do Brasil nesta 5ª

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A forte queda do câmbio em combinação com um percentual de vendas por parte dos produtores muito elevado dão suporte à forte alta dos prêmios da soja e do milho.

Com pouco produto a ser comercializado ainda no Brasil e com mais e 40% da nova safra já comercializada, os prêmios pagos pela soja brasileira tem registrado boa valorização nos últimos dias. Mais do que a oferta escassa e a demanda ainda muito intensa, a queda recente do câmbio – apesar da recuperação desta quinta-feira (23) – ampliou o espaço para o avanço dos prêmios. 

“A forte queda do câmbio em combinação com um percentual de vendas por parte dos produtores muito elevado – tanto 2019/20 como 2020/21 – dão suporte à forte alta dos prêmios da soja e do milho”, explicam os analistas da Agrinvest Commodities. 

Dessa forma, permanecem elevados os preços da soja brasileira. O dólar mais baixo até pesou sobre alguns indicativos, mas a lateralização de Chicago, os prêmios e o quadro de oferta e demanda bastante apertado mantém as referências em níveis recordes. “Mercado brasileiro enxuto de ofertas, vai importando mais, vão precisar muita soja para atender à demanda e com isso, espaço para novas compras, principalmente de soja paraguaia”, explica Vlamir Brandalizze. 

SEM OFERTA

Segundo o consultor da Brandalizze Consulting, os indicativos nos portos variam entre R$ 115,00 e R$ 118,00 por saca para a soja de agosto, “mas sem oferta, com embarques de contratos anteriores”. Já para o grão da safra 2020/21, as referências oscilam entre R$ 104,00 e R$ 107,00, no entanto, também sem registrar grandes volumes de novos negócios. 

Segue ainda a realidade das indústrias nacionais pagando melhor do que a exportação, como explica Brandalizze, citando a região Sul do país – onde se concentram as maiores operações de processamento da soja – com valores variando entre R$ 118,00 e R$ 120,00, “colocado nas indústrias do Sul, que seguem com fôlego forte”, diz. 

Nesta quinta-feira, os preços voltaram a subir forte também no interior do país, refletindo altas em Chicago e do dólar, que terminou o dia com alta de mais de 1%. Em Castro, no Paraná, alta de 1,79% para R$ 114,00 uo de 1% para R$ 101,00 em Pato Branco. Em São Gabriel do Oeste, o avanço foi de expressivos 4,76% para R$ 110,00. 

BOLSA DE CHICAGO

Os futuros da soja na Bolsa de Chicago terminaram o dia com ganhos de 4,50 a 7 pontos nos principais vencimentos, com o agosto valendo US$ 9,06 e o novembro, US$ 9,00 por bushel. A demanda forte pela soja americana por parte do chineses, mais uma vez, foi o principal estímulo para as altas na CBOT. 

As compras de soja dos EUA na China continuam frequentes e uma nova operação foi informada nesta quinta-feira (23). O reporte diário do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) relata um venda dos EUA para a nação asiática de 132 mil toneladas da oleaginosa da safra 2020/21. 

Com esse volume, o total das vendas anunciadas somente nesta semana passam de 1,4 milhão de toneladas e vai confirmando a solidez da demanda chinesa. No entanto, analistas e consultores acreditam que essa presença possa ser pontual, até que chegue a nova oferta brasileira, e carregue certa fragilidade em função da escalada das tensões entre os dois países. 

O movimento traz alguma incerteza sobre a continuidade das compras, mesmo diante da crescente necessidade da nação asiática e da pouca oferta no Brasil. 

EXPORTAÇÃO

Ainda nesta quinta, o mercado recebeu também os números das vendas semanais de soja para exportação dos EUA, com bons números, principalmente, para a safra nova. Na semana encerrada 16 de julho, o país vendeu 2,300,500 milhões de toneladas da oleaginosa e a China respondeu pela maior parte, sendo mais de 1,4 milhão de toneladas. Na semana passada, o USDA trouxe diversos anúncios diários, já sinalizando que, de fato, os números trazidos hoje seriam bem fortes. As expectativas do mercado variavam entre 1 milhão e 2 milhões de toneladas.

Da safra velha, as vendas semanais de soja foram fracas mais uma vez e totalizaram 365,2 mil toneladas. Apesar de 17% maiores do que as da última semana, as vendas têm recuo de 31% frente à média das últimas quatro.O mercado esperava algo entre 300 mil e 700 mil toneladas. Nesse caso, a China também foi a maior compradora do produto norte-americano. Em todo o ano comercial, os EUA já comprometeram 46,672,9 milhões de toneladas, contra mais de 48 milhões do ano passado, nesse período. O USDA ainda estima as exportações de soja 2019/20 dos EUA em 44,91 milhões de toneladas.

Fonte: Noticias Agrícolas

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