Soja & Milho: Apesar da baixa em reais, preços ainda remuneram no BR, mas produtor precisa estar atento à comercialização

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Recuo da taxa de câmbio e aumento severo dos custos de produção, além dos fretes em patamares muito elevados, precisam de monitoramento intenso e planejamento, inclusive já para a safra 2022/23 da oleaginosa e do cereal.

O recente recuo dos preços da soja e do milho em reais tem preocupado bastante os produtores brasileiros, já que alguns deles deixaram de capturar importantes oportunidades que o mercado já ofereceu neste ano, com os preços da oleaginosa chegando a testar mais de R$ 200,00 por saca nos portos. Como explicou Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest Commodities, o recuo do dólar, os altos custos de produção e os fretes em patamares muito elevados são os pontos que mais chamam a atenção e podem comprometer o retorno financeiro para as duas culturas. 

Durante sua entrevista na edição desta quinta-feira (7) no Bom Dia Agronegócio, no Notícias Agrícolas, Araújo fez cálculos que mostraram que o aumento dos gastos logísticos, tanto na soja, quanto no milho, inclusive para 2023,  têm tirado muito dos preços que chegam até os produtores. 

“Esse impacto de US$ 60 a US$ 70 por tonelada (de despesas com fretes mais caros) pesa diretamente no bolso do produtor e da produtora rural”, afirma Araújo. “Mais importante que a opinião de um analista é o próprio produtor saber onde o calo aperta”. 

Em sua análise para o atual momento do mercado no Brasil, com uma perda acumulada muito rápida, ele afirma que um bom caminho para o produtor agora seria a utilização das puts – opção de venda ou o seguro de baixa – garantindo um mínimo para os preços, se protegendo de novas quedas. 

E ele reforça ainda que os fundamentos para as commodities agrícolas permanecem muito sólidos, com um viés de alta ainda se apresentando para os mercados. De outro lado, porém, fala sobre as tentativas de governos no mundo todo de tentar frear um forte processo inflacionário, ainda bastante atrelado ao preços dos alimentos, o que promove uma “pressão forte de curto prazo”.

Fonte: Noticias Agrícolas

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