Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago iniciam a semana com fortes altas sendo registradas na manhã desta segunda-feira (31). Perto de 8h10 (horário de Brasília), as cotações subiam de 17 a 19,75 pontos, levando o maio a US$ 14,94 e o julho a US$ 14,93, com o mercado, de fato, buscando os US$ 15,00 por bushel, patamar que, inclusive, testou durante a madrugada de hoje, chegando aos US$ 15,01 na máxima da sessão até agora.
O clima adverso na América do Sul segue como principal driver de alta dos preços em Chicago, porém, ao lado das possibilidades de uma demanda maior pela soja norte-americana diante da quebra registrada por aqui.
“O tempo seco persistiu em todo o final de semana no Rio Grande do Sul e as previsões para os próximos cinco dias são de tempo seco em todo o estado, com os mapas mostrando chuvas apenas a partir da próxima sexta-feira em alguns pontos e com índices abaixo do normal. E os players e os grandes investidores – como os index funds e os fundos de investimentos -, sabem perfeitamente que cada grão não embarcado pela América do Sul, inevitavelmente, terá que ser embarcado pelos americanos”, explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
Acompanham as altas do grão os futuros do óleo e do farelo de soja na CBOT, ambos subindo mais de 1% na manhã de hoje. Ainda em Chicago, sobem milho e trigo, além do petróleo em Nova York – no caso do WTI – e do brent – em Londres, todos esses mercados também ajudando a puxar a soja.
“As questões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia continuam em foco e uma guerra entre os dois países paralisam totalmente os portos graneleiros de ambos e do Mar Negro, o que acarretará nova demanda de grãos para os americanos”, complementa Sousa.
Fonte: Noticias Agrícolas