Soja intensifica ganhos em Chicago, mas mercado no Brasil monitora baixa forte do dólar

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Os futuros da soja continuam subindo expressivamente na Bolsa de Chicago no início desta quarta-feira (23), acumulando altas pela terceira sessão consecutiva. Perto de 12h10 (horário de Brasília), as cotações registravam ganhos de 13,75 a 21,75 pontos entre os principais vencimentos, levando o maio a US$ 17,18 por bushel, enquanto o julho valia US$ 16,97. 

O mercado continua encontrando suporte nos mercados vizinhos – principalmente entre os derivados, onde as altas passam de 1% na CBOT – e também em uma demanda mais forte que se espera pela oleaginosa e grãos norte-americanos dada a quebra da safra 2021/22 na América do Sul e a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia. O conflito está em seu 28º dia. 

“Os players seguem focados nos desdobramentos da guerra no leste Europeu, que não dá sinais de acordo, ainda mais depois da “reunião” entre Rússia, Reino Unido e EUA que trocaram acusações na ONU sobre a possibilidade de ataques com armas químicas na Ucrânia”, explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

Ainda no radar dos traders permanecem também as perspectivas para o início da safra 2022/23 dos Estados Unidos, acompanhando as questões do clima no país e como os produtores se comportam diante dos elevados custos de produção. E a seca já preocupa para algumas partes do Corn Belt, mas ainda sem causar “falta de sono” entre os produtores norte-americanos.

Além do clima, os agricultores por lá também seguem atentos aos impactos dos elevados custos de produção e das decisões que estão tomando sobre sua área de plantio para a nova temporada. 

Dessa forma, o relatório que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no dia 31 de março – o Prospective Plantings -, com dados mais próximos da realidade sobre a área que será destinada às principais culturas é bastante aguardado pelo mercado. 

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, os preços da soja tem sido pressionados pela baixa do dólar. Mais uma vez, a moeda americana recua frente à brasileira, já perdendo os R$ 4,90 e pesando sobre a formação das cotações no mercado nacional. A baixa acumulada nos últimos dias já vinha se apresentando, como explicou Vlamir Brandalizze, na casa dos R$ 7,00 por saca. 

Na tarde desta quarta, a divisa cedia mais de 1%, para ser cotada a R$ 4,86. De outro lado, Chicago continua subindo, enquanto os prêmios permanecem estáveis, e os indicativos brasileiros vão buscando um equilíbrio entre esses três componentes. 

E parte da baixa do dólar, como explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, se dá justamente pela alta das commodities. 

“Após um ajuste para baixo no preço das commodities minerais e metálicas na véspera, os preços das matérias-primas voltam a ver uma alta generalizada nessa quarta-feira. E essa valorização segue sendo positiva para os nossos ativos, uma vez que o Brasil é um dos maiores produtores de commodities do mundo. Diante desse quadro favorável para a produção brasileira de matéria-prioma, o dólar comercial está recuando pela sexta sessão seguida”, explica o time da Agrinvesta Commodities. 

Fonte: Noticias Agrícolas

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