Rio Grande do Sul colhe o trigo em cenário de bons preços

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Com área plantada 20% maior, expectativa é colher 3,8 milhões de toneladas. Em 2020, foram 2,3 milhões

Olhando para um cenário positivo, com aumento de área e preço, começou, oficialmente, nesta semana, a colheita do trigo, no Rio Grande do Sul. Os triticultores esperam colher 3,8 milhões de toneladas do grão neste ano. Em 2020, foram 2,3 milhões. “Os fatores que levaram ao aumento da área em torno de 20% partiram de uma campanha das entidades para que o estado fizesse duas safras, ocupando as áreas que são da soja, no verão, com o trigo no inverno”, observa o coordenador da Câmara Setorial do Trigo, Tarcísio Minetto.

Segundo ele, a produção também foi impulsionada pelos estoques “bem apertados” de milho. “O produtor gaúcho foi incentivado a utilizar toda a estrutura das propriedades para diminuir os custos de produção de trigo”, analisa Minetto. “Outro fator foram os preços bem atrativos, como estão nesse momento. Além disso, o uso de trigo na ração de frango e suíno”, acrescenta.

O preço do trigo subiu conforme a demanda aquecida, de acordo com a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul (SEAPDR). A saca (60 kg) está cotada a R$ 80,70, acima dos R$ 62,13, em média, no ano passado.

Com esse estímulo, a área cultivada no estado saltou 915,7 mil hectares cultivados na safra passada, a área saltou para quase 1,2 milhão, o que não acontecia desde 2014. “É a melhor produção de trigo da nossa história”, afirma a secretária da Agricultura gaúcha, Silvana Covatti.

O plantio foi iniciado em meados de maio na região das Missões e se estendeu até fim de julho na região dos Campos de Cima da Serra, de acordo com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). A colheita se intensifica no estado a partir de outubro e se estende até o final de novembro, dependendo da região e do ciclo da cultivar utilizada.

Produção nacional

Nos três estados do Sul, a produção de trigo deve responder por 92% da oferta nacional em 2021: cerca de 7,5 milhões de toneladas de um total de 8,2 milhões que devem ser colhidos no Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), por sua vez, reajustou positivamente sua estimativa para a produção brasileira, em relatório divulgado neste mês, para 7,9 milhões de toneladas, ou 26,4% acima da safra 2020/21.

O mercado está atento ao ritmo da produção gaúcha, limitado nos últimos dias pelas chuvas, além da expectativa de uma produção recorde, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O país não é autossuficiente na produção de trigo, destaca a SEAPDR, necessitando importar anualmente cerca de seis milhões de toneladas, principalmente da Argentina.

Fonte: Globo Rural

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