Rebanho bovino cresce 1,5% e chega a 218,2 milhões de cabeças, revela IBGE

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

As informações da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2020 mostram que o Mato Grosso segue líder, com 32,7 milhões de cabeças e alta de 2,3% ante 2019

Em 2020, o rebanho bovino nacional cresceu 1,5%, chegando a 218,2 milhões de cabeças, maior efetivo desde 2016 e o segundo maior rebanho da série histórica iniciada em 1974. O rebanho bovino cresceu pelo segundo ano consecutivo em 2020, após dois anos seguidos em queda.

Os dados integram a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira, 29.

“Havíamos passado por um período de abate de fêmeas gerando uma redução no número de animais e bezerros e isso fez com que o preço da arroba subisse. Hoje estamos num cenário de retenção de fêmeas, que, em vez de irem para o abate, são utilizadas para gerar novos animais, recompondo o rebanho”, explica Mariana Oliveira, supervisora da PPM.

O Centro-Oeste respondeu por 34,6% do total (75,4 milhões). A maior alta foi na região Norte: 5,5%, ou mais 2,7 milhões de cabeças, somando 52,4 milhões.

Mato Grosso segue líder, com 32,7 milhões de cabeças e alta de 2,3% ante 2019. Entre os municípios, São Félix do Xingú (PA), manteve a liderança com 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4%, no ano (veja mais abaixo).

O valor de produção dos principais produtos pecuários cresceu 27,1% em 2020, chegando a R$ 75,5 bilhões. A produção de leite concentrou 74,9% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (23,6%), mel (0,8%), ovos de codorna (0,5%), lã (0,1%) e casulos de bicho da seda (0,1%).

O maior valor de produção foi na região Sudeste, com 36,3% do total, seguida pela região Sul, com 31,9% (R$ 24,04 bilhões). Minas Gerais foi líder em valor de produção: R$ 17,8 bilhões, sendo 89,8% desse total (R$ 15,99 bilhões) proveniente da produção de leite.

A produção nacional de leite chegou ao recorde de 35,4 bilhões de litros em 2020, com alta de 1,5% ante 2019. Minas Gerais continua líder na produção de leite: 9,7 bilhões de litros, ou 27,3% do total, nacional, com alta de 2,6% no ano. Castro (PR) é o maior produtor de leite do país, com 363,9 milhões de litros.

A produção nacional de ovos de galinha bateu novo recorde: 4,8 bilhões de dúzias em 2020, alta de 3,5% frente a 2019. Em 2020, e em particular na pandemia, o ovo foi uma fonte de proteína alternativa mais acessível. O estado de São Paulo, maior produtor, concentrava 25,6% da produção nacional. Santa Maria de Jetibá (ES) foi o maior produtor em 2020, com 371,6 mil dúzias.

A piscicultura cresceu 4,3%, chegando a 551,9 mil toneladas. O Paraná continua líder, com 25,4% do total nacional. Nova Aurora (PR) concentra 3,6% da piscicultura do país. Já a produção de camarão em cativeiro cresceu 14,1%, totalizando 63,2 mil toneladas. Juntos, Rio Grande do Norte e o Ceará são responsáveis por 68,0% da produção e Aracati (CE) é o maior produtor, com 3,9 mil toneladas.

Rebanho bovino – Em 2020, a alta do preço do boi gordo e o crescimento nas exportações de carne contribuíram para que o rebanho bovino crescesse 1,5% ante 2019, chegando a 218.150.298 cabeças de gado. Foi o maior número de bovinos desde 2016 (218.190.768 cabeças).

Mato Grosso e Goiás mantiveram-se com os maiores rebanhos bovinos do país e, juntos, foram responsáveis por 25,8% do efetivo nacional.

Mato Grosso elevou seu efetivo em 2,3%, totalizando 32,7 milhões de animais. Goiás teve alta de 3,5% e fechou o ano de 2020 com 23,6 milhões de cabeças de gado.

Em terceiro vem o Pará, com 22,3 milhões, crescimento de 6,3%. Em quarto, perdendo a terceira posição para o Pará, veio Minas Gerais, com alta anual de 6,6% em seu rebanho, totalizando 22,2 milhões de cabeças.
O maior rebanho continua em São Félix do Xingú (PA): 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4%, no ano. Corumbá (MS) veio a seguir, com 1,8 milhão. Com alta de 11,8% em seu rebanho (1,3 milhão de bovinos), Marabá (PA) subiu da quinta para a terceira colocação.

Leite – Em 2020, a produção nacional de leite chegou a 35,4 bilhões de litros, recorde da pesquisa, com alta de 1,5% ante 2019. Minas Gerais seguiu liderando, com 9,7 bilhões de litros de leite, (ou 27,3% do total nacional) e alta de 2,6% em relação a 2019.

Minas Gerais também obteve o maior valor da produção de leite entre os estados, R$ 16,0 bilhões, com alta de 38,9% frente a 2019. Em segundo lugar, veio o Paraná com R$ 7,8 bilhões e alta de 34,4% no ano.
Dos dez principais municípios nesse segmento, sete são mineiros, mas o primeiro lugar coube a Castro, no Paraná, responsável por 363,9 milhões de litros de leite, com alta anual de 30,0% e valor da produção de leite chegando a R$ 651,4 milhões.

Em segundo lugar veio Carambeí (PR), com 224,8 milhões de litros de leite, alta de 24,9% no ano e R$ 402,4 milhões em valor da produção de leite. Patos de Minas (MG) caiu para a terceira posição, com 195,0 milhões de litros (-0,4%, no ano) e com valor de produção leiteira de R$ 352,9 milhões (alta de 39,7%).

O efetivo de vacas ordenhadas foi de 16,2 milhões de cabeças, 0,8% menor que o de 2019. Dois dos três destaques do setor tiveram decréscimo: Minas Gerais (-0,5%) e Goiás (-0,4%). Paraná, terceiro maior rebanho leiteiro nacional, apresentou acréscimo de 1,5% e totalizou 1,3 milhão de vacas ordenhadas.

Minas continua com o maior rebanho leiteiro do País: 3,1 milhões de cabeças, ou 19,3% do total nacional. Em segundo lugar veio Goiás, com 1,9 milhão.

Cerca de 72,2% da produção de leite (25,6 bilhões de litros) foi adquirida por estabelecimentos com inspeção sanitária, segundo a Pesquisa Trimestral do Leite, também realizada pelo IBGE, o que significa que essa porcentagem passou então por alguma forma de industrialização.

O restante da produção foi para consumo próprio das famílias e vendas diretas ao consumidor. O preço médio pago ao produtor pelo litro do leite subiu 28,9% em 2020, chegando a R$ 1,59 por litro. O valor da produção subiu 30,8% ante 2019, chegando a R$ 56,5 bilhões.

Fonte: Agência de Notícias IBGE
Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

Autor

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *