O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) voltou a cair, acumulou 3% de queda na semana e renovou a mínima do ano
Boi: mercado físico e futuro seguem em direções diferentes
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a oferta restrita de animais terminados segue sustentando os preços no mercado físico do boi gordo. Apesar do alongamento das escalas de abate, os frigoríficos ainda não conseguiram exercer pressão sobre os preços, segundo o analista Fernando Iglesias.
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo recuaram novamente, em direção oposta à firmeza das cotações no mercado físico. O ajuste do vencimento para junho ficou estável em R$ 319,00, enquanto o do outubro caiu de R$ 317,25 para R$ 313,55 e do novembro, de R$ 319,80 para R$ 313,80 por arroba.
Milho: preços estáveis no Brasil mesmo com forte queda em Chicago
O indicador do milho do Cepea teve um dia de preços praticamente estáveis mesmo com forte queda em Chicago. A cotação variou 0,02% em relação ao dia anterior e passou de R$ 86,25 para R$ 86,27 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 9,69%. Em 12 meses, os preços alcançaram 81,66% de alta.
Em Chicago, o pregão foi marcado por uma nova forte baixa com as cotações já se aproximando dos US$ 5 por bushel. O mercado segue influenciado basicamente por previsões de boas chuvas em regiões produtoras nos Estados Unidos. O vencimento para dezembro recuou 3,13% e passou de US$ 5,36 para US$ 5,192 por bushel.
Soja: saca cai 3% na semana no porto de Paranaguá (PR)
O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) voltou a cair, acumulou 3% de queda na semana e renovou a mínima do ano. A cotação variou -0,36% em relação ao dia anterior e passou de R$ 149,28 para R$ 148,74 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve variação de -3,35%. Em 12 meses, os preços alcançaram 32,01% de alta.
Em Chicago, os contratos futuros da soja alcançaram o quarto pregão seguido com desvalorização. O vencimento para novembro, o mais negociado atualmente, recuou 1,70% e passou de US$ 12,916 para US$ 12,696 por bushel. O movimento foi causado por decisão da justiça norte-americana que favorece refinarias de petróleo e pode diminuir a demanda por biocombustíveis.
Café: Nova York volta a se aproximar de US$ 1,60 por libra-peso
Em Nova York, os contratos futuros do café arábica apresentaram forte avanço e agora tentam se aproximar novamente do nível de US$ 1,60 por libra-peso. O vencimento para setembro subiu 2,87% e passou de US$ 1,534 para US$ 1,578 por libra-peso. O avanço foi causado por previsões de baixa temperatura em regiões cafeeiras no Brasil na próxima semana.
O forte avanço dos futuros em Nova York e a alta do dólar favoreceram as cotações do mercado brasileiro, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação foi de R$ 810/815 para R$ 820/830, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 815/820 para R$ 825/835 por saca.
No Exterior: inflação nos EUA fica abaixo das projeções e alivia mercados
Nos Estados Unidos, o índice de despesas de consumo pessoal (PCE, da sigla em inglês), um dos indicadores de inflação mais acompanhados pelo Banco Central do país, subiu 0,4% em maio na comparação mensal. O núcleo do PCE, cálculo em que os itens de bens e serviços mais voláteis são excluídos, subiu 0,5%. Ambos resultados ficaram abaixo das projeções.
Por outro lado, no acumulado em 12 meses, as duas formas de cálculo do indicador apresentaram aceleração da inflação na passagem entre abril e maio. Porém, o resultado ter ficado abaixo das projeções aliviou as tensões dos mercados com a apreensão em relação aos preços. Dessa forma, dois dos três principais índices de ações dos EUA fecharam a semana em alta.
No Brasil: Governo apresenta segunda parte da reforma tributária
O Governo Federal apresentou à Câmara dos Deputados a segunda parte da reforma tributária, que trata dos impostos cobrados sobre investimentos e renda. Apesar do fato de que grande parte do texto já era conhecida, sobretudo, a proposta de taxação dos dividendos, o anúncio mexeu bastante com o mercado e gerou repercussão negativa nas ações e no dólar.
O Ibovespa teve uma queda diária de 1,74% e fechou cotado a 127.255, sendo a maior desvalorização do índice desde o dia 12 de maio. Enquanto isso, o dólar comercial teve uma alta de 0,67% e fechou o dia cotado a R$ 4,938. Na agenda econômica de hoje, destaque para a criação de vagas formais de trabalho em maio apurada pelo Caged.
Fonte: Canal Rural