Primeiro leite carbono neutro é lançado no Brasil

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Foi lançado na semana passada o primeiro leite “carbono neutro” produzido no Brasil (e um dos primeiros do mundo): trata-se do NoCarbon, leite produzido na Guaraci Agropastoril, localizada em Itirapina/SP.

Além de garantir a neutralidade no balanço de carbono, assegurado pela ONG Iniciativa Verde através do selo Carbon Free, o NoCarbon atua em outros dois pilares: bem-estar animal, certificado pelo Instituto Certified Humane  Brasil, uma das mais respeitadas ONGs que atuam no tema no mundo, e a produção orgânica, certificada pelo IBD. Provavelmente é o único hoje no mundo com esse tripé de atributos.

Quem está à frente do projeto é um velho conhecido do setor: Luis Fernando Laranja da Fonseca, que foi professor da FMVZ/USP, em Pirassununga/SP, tendo tido grande destaque na área de mastite e qualidade do leite, com a co-autoria do livro “Controle da Mastite e Qualidade do Leite”, em parceria com o Prof. Marcos Veiga dos Santos.

A Guaraci fez uma parceria com a Fazenda da Toca, tradicional produtora de orgânicos, ocupando a área originalmente destinada à pecuária leiteira com cerca de 150 hectares de pastagens e lavouras orgânicas.

Desde 2018, a fazenda vem passando por um processo de aprendizado e desenvolvimento do conceito que norteia o NoCarbon, culminando com o lançamento do leite nas versões integral, e desnatado, que pode ser adquirido inicialmente em alguns pontos na cidade de São Paulo e São Carlos.

O domínio da técnica de produção orgânica foi o primeiro passo dessa migração em direção ao conceito. Na sequência, veio a busca pela certificação de bem-estar animal. Por fim, a empresa adequou sua produção para ser neutra na emissão de carbono.

“Temos a visão clara de que precisamos repensar a maneira como produzimos alimentos, incorporando a questão da mudança climática em nossas práticas. Mais do que um produto-fim, entendemos que o NoCarbon é parte de um movimento, que não só dialoga com um consumidor cada vez mais atento e preocupado com o futuro da humanidade, como também contribui para o que o próprio setor incorpore esse tema na sua forma de ser e agir”, diz Laranja. “Acreditamos que temos um papel educativo, principalmente no pilar da neutralidade de carbono, que é o principal atributo que trazemos e que efetivamente dá nome ao leite”.  

Segundo ele, a Guaraci, que produz cerca de 4000 litros/dia, utiliza-se do que há de mais moderno em relação à ciência do carbono, algo que, hoje, está na pauta do setor lácteo mundial. Também, a empresa vem desenvolvendo trabalhos com agricultura regenerativa, outro tema que começa a ganhar as atenções da agricultura e pecuária mundiais.

“Queremos ser também uma marca transparente; queremos nos comunicar de uma forma diferente com o consumidor, assumindo eventuais falhas que possam existir, aprender com elas e assim ganhar a confiança do mercado”, explica.

Para Marcelo Carvalho, do MilkPoint, a iniciativa é inédita no mercado brasileiro e está alinhada ao que o setor está buscando nos países que lideram a inovação em lácteos: “hoje, a pauta número 1 do setor é relacionada ao meio ambiente, do qual o balanço de carbono tem especial importância. Estamos falando não só de uma oportunidade de mercado, que sem dúvida existe, mas do próprio acesso ao mercado, se analisarmos algumas décadas à frente”, pondera.

Fonte: MilkPoint

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