Redução na disponibilidade de vacas e novilhas, e aumento na demanda chinesa por carne impulsionaram os negócios
No mercado físico de bovinos, a terça-feira (27/8) foi marcada por valorização nos preços das fêmeas e do “boi China”, gado com características específicas para produção de carne que será exportada aos chineses.
“Essa mudança foi motivada pela diminuição da oferta, particularmente das fêmeas. Além disso, as escalas estão diminuindo, estando em média, atendendo a nove dias”, disse a Scot Consultoria em nota.
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), a cotação bruta do boi gordo permaneceu estável, no comparativo diário, em R$ 238 por arroba a prazo, após uma alta registrada na véspera.
No caso da vaca gorda, veio a segunda elevação de preço consecutiva. A arroba da vaca subiu R$ 4 e o animal passou a ser comercializado a R$ 215 por arroba a prazo. A novilha, que havia ficado estável na segunda-feira (26/8), subiu R$ 3 por arroba para R$ 228 por arroba a prazo.
China
Já o “boi China” teve um aumento de R$ 2 por arroba, sendo negociado em R$ 240 por arroba a prazo, com um ágio de R$ 2 por arroba em relação ao gado convencional em São Paulo.
O preço do “boi China” está muito relacionado à demanda chinesa e ao desempenho das exportações de carne bovina do Brasil.
Dados do governo federal divulgados nesta semana mostram que, até a quarta semana de agosto, o volume de carne bovina in natura exportado foi de 164,1 mil toneladas, com média diária de 9,6 mil toneladas. A média supera em 19,8% o volume embarcado por dia em agosto do ano passado.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4,5 mil, o que ainda representa uma queda de 1,3% na comparação com o mesmo período de 2023, mas este recuo é compensado pelo aumento no volume de exportações.
Fonte: Globo Rural