No mercado paulista, o boi gordo segue negociado por R$ 337/@; nos lotes de boiadas que se enquadram no padrão de exportação especialmente para China o ágio chega a R$ 15/@
Nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, os preços do boi gordo continuaram estáveis nas principais praças brasileiras de pecuária, exceção feita para algumas regiões do Centro-Oeste e Norte do País.
No interior de São Paulo, segundo apuração da Scot Consultoria, a arroba registrou, nesta sexta-feira, o 24º dia seguido de estabilidade.
Com isso, o boi, a vaca e a novilha terminados são negociados em R$ 337/@, R$ 303/@ e R$ 325/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), relata a Scot.
O ágio para boiadas com destino à exportação (abatidos mais jovens, com idade até 30 meses) chega a R$ 15/@ (especialmente ao chamado boi-China).
Na avaliação da IHS Markit, o consumo doméstico da carne bovina segue bastante inconsistente e o setor industrial continua dependendo das exportações para garantir boas margens.
Diante dessa dificuldade no mercado interno, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros se mostraram aparentemente adequadas para atender os compromissos mais urgentes, observam os analistas da IHS.
“Muitas indústrias optaram por sair das compras de gado”, informa a consultoria.
Algumas plantas frigorificas relataram uma maior entrada de vacas em função de descarte de fêmeas depois do período de monta.
Isso ajudou no avanço das escalas de abate em algumas regiões, relata a IHS.
Alguns frigoríficos que permaneceram com as compras ativas nesta semana relataram que os primeiros lotes terminados a pasto que chegaram ao mercado foram oferecidos a preços mais atrativos, o que também serviu para diminuir a pressão de compra neste início de fevereiro.
Porém, ressalta a IHS, notadamente, os ajustes negativos na arroba ainda são tímidos, já que as ofertas de animais prontos para abate continuam enxutas, fator que minimiza a pressão baixista das indústrias.
Giro pelas praças – Segundo a IHS, no interior paulista há duas condições bem claras de negócios envolvendo animais terminados.
Nos lotes que se enquadram no padrão de exportação para China, há prêmios (valores diferenciados, que podem superar os R$ 15/@ em relação aos negócios envolvendo o boi comum).
Outro mercado que tem pago bem pela proteína brasileira é o norte-americano.
“Há relatos de pecuarista do Mato Grosso do Sul que estão vendendo novilhas para frigoríficos de São Paulo em função dos maiores preços”, relata a IHS.
Por sua vez, as indústrias com foco no mercado interno oferecem muita resistência e trabalham com valores abaixo das máximas devido à dificuldade de repasse de custo à ponta final.
“Essas plantas já estudam possibilidade de paralisação por meio de férias coletivas em função desse impasse”, informa a consultoria.
Entre as praças do Centro-Oeste, boa parte das unidades de abate saíram das compras de boiadas gordas, sobretudo depois de preencherem as suas escalas até o final da próxima semana.
No Mato Grosso do Sul, a seca fez alguns pecuaristas ofertarem mais gado durante a semana.
A estratégia dos frigoríficos locais, dizem os analistas da IHS, é aguardar pelo melhor desempenho das vendas domésticas da carne, para só depois voltar aos negócios no mercado físico.
No Norte do País, o ritmo dos negócios segue lento. “A procura por boiadas é cadenciada nessa região, visto que boa parte das plantas frigoríficas tem escalas para mais de 7 dias”.
Na região Sul, o mercado do boi gordo está truncado.
No mercado atacadista, apesar da inconsistência das vendas, os preços dos principais cortes bovinos continuam estáveis.
Na avaliação da IHS, o consumo interno de carne bovina precisa mostrar recuperação mais consistente, o suficiente para permitir algum repasse dos custos operacionais dos frigoríficos, sobretudo dos valores altos pagos na boiada gorda.
Cotações máximas desta sexta-feira, 4 de fevereiro, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 340/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 318/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca R$ 302/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 284/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 278/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista
Fonte: Portal DBO