“Estima-se que o estado do Paraná produza ao redor de 3,0 milhões de toneladas”
Há uma boa chance de os preços do trigo nacional subirem significativamente no primeiro semestre de 2022, na esteira dos preços dos trigos importados, seguindo os seus níveis, segundo o que informou a TF Agroeconômica. “Começa a tomar conta do mercado a sensação forte de que vai faltar trigo para moagem brasileira nos três estados do Sul antes do que se previa. Numa entrevista nesta semana, importante executivo de moinho do Paraná declarou que “O Estado processa de 3,6 milhões a 3,7 milhões de toneladas por ano e a produção não chega a isso neste ano. Temos que importar mais trigo do Rio Grande do Sul, do Paraguai e da Argentina”, comenta.
“Estima-se que o estado do Paraná produza ao redor de 3,0 milhões de toneladas, sinalizando, assim, um déficit entre 600-700 mil tons, mais o que for levado para São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Isto, claro, se o consumo continuar inalterado. A mesma conclusão chegaram os analistas da TF Agroeconômica a respeito do trigo no Rio Grande do Sul, quando o estado atingiu a marca de 1,5 milhão de toneladas de grão comprometido com a exportação, com boa chance de chegar a 2,0 MT.
Mesmo que o estado realmente produza 3,5 milhões de toneladas, se chegar a esta marca e as vendas para outros estados pararem em 200 mil toneladas, irão faltar mais ou menos 430 mil toneladas no final do ano comercial de 2021/22, havendo necessidade de forte importação”, completa.
Nesse contexto, os preços do trigo importado deste país já superam os R$ 2.000,00/tonelada CIF moinhos basileiros do interior nos três estados do Sul. “O trigo paraguaio, por enquanto, estaria mais competitivo, chegando ao redor de R$ 1.760,00/t em Ponta Grossa e bem menos nos moinhos do Oeste do Paraná. O trigo uruguaio também chegaria (vide tabela do RS abaixo) ao redor de R$ 1.790,00 CIF moinho. Hoje caro, mas barato daqui há algumas semanas”, conclui.
Fonte: Agrolink