Milho também sobe, enquanto soja opera em baixa
Os contratos do trigo com prazo para julho abrem o pregão da bolsa de Chicago em alta de 1,10%. As cotações desta segunda-feira (19/5) estão a US$ 5,3050 o bushel. Uma das influências macro no cereal foi o ataque realizado ontem pela Rússia, um dos maiores produtores globais, sobre a Ucrânia. Esse foi o maior ação de drones já registrada desde que a guerra entre os dois países começou.
Na véspera, com a melhora climática nos campos dos EUA, o preço do trigo havia caído, mas agora recupera numa tônica de reajuste técnico do mercado também, pois, segundo a consultoria Trading Economics, ainda pairam preocupações com a seca em regiões produtoras da China, o que pode impactar a oferta global. Mesmo assim, a Trading Economics informa que analistas entendem ser difícil justificar uma alta expressiva nos preços do trigo à frente.
Os futuros do milho, também com prazo de entrega para julho, acompanham o trigo e se valorizam 0,11%, operando a US$ 4,4425 por bushel.
A última semana terminou com desvalorizações para o milho devido à revisão para cima da estimativa de safra da Conab e pelas expectativas de uma colheita recorde nos Estados Unidos, mas devido a reajustes nas negociações, o milho amanhece em alta, conforme analisa a consultoria Agrifatto.
A soja, por sua vez, começa o dia no campo negativo. Com o dólar sem volatilidade, a oleaginosa abre a US$ 10,4800 por bushel, recuo de 0,19%.
Para a consultoria Trading Economics, a queda ocorre em meio a uma forte desvalorização nos preços do óleo de soja, provocada pela incerteza em torno das metas de biocombustíveis dos EUA e após novas preocupações de que os créditos fiscais norte-americanos para o biodiesel. A consultoria diz que há relatos sugerindo que as metas do próximo ano podem ficar abaixo dos 5,25 bilhões de galões propostos por grupos da indústria.
Fonte: Globo Rural