Baixa nas cotações internacionais e desvalorização do dólar também afetaram o mercado
Os preços do milho voltaram a cair em algumas regiões produtoras brasileiras. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, as quedas estiveram atreladas à retração de consumidores, atentos aos fundamentos internos e externos, principalmente de oferta elevada.
Na sexta-feira (9/8), o indicador do Cepea, baseado na região de Campinas (SP) apresentou a cotação média de R$ 58,86 a saca de 60 quilos, queda de 0,57% desde o início de agosto.
No Brasil, a colheita da segunda safra caminha para reta final. No dia 8 de agosto, alcançou 98% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, contra 95% uma semana antes e 71% no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da consultoria AgRural. Os trabalhos estão encerrados em Mato Grosso e as maiores áreas ainda por colher estão no norte do Paraná.
Já nos Estados Unidos, a proximidade dos trabalhos de campo pressionou os contratos na Bolsa de Chicago. Pesquisadores do Cepea lembram, ainda, que a baixa dos futuros e a desvalorização do dólar na última semana também reduziram a paridade de exportação, limitando os negócios nos portos.
Do lado dos vendedores, pesquisadores do Cepea explicam que parte já se mostrou mais flexível nas negociações, sobretudo a partir do dia 8 de agosto, seja para liberar os armazéns ou já para fazer caixa para a quitação das dívidas do final do mês.
Outros, no entanto, apostam em recuperação de parte das quedas de preços registradas neste ano, após a finalização da colheita brasileira.
Fonte: Globo Rural