Com os dados da primeira metade de 2023 quase completos, faltando menos de uma semana para o fim do semestre, fizemos a comparação do preço médio nominal do bezerro entre os meses de janeiro a junho ao longo dos últimos 10 anos (primeira Figura).
A Figura ilustra a evolução nominal do preço do bezerro (Cepea, Mato Grosso do Sul), no 1º semestre, avaliado em Reais por cabeça, entre os anos de 2014 e a parcial de 2023 (média até o dia 26 de junho).
O preço do bezerro no 1º semestre de 2023 caiu pelo segundo ano consecutivo, o que não aconteceu ao longo dos últimos 10 anos.
O fato é que o preço nominal do bezerro nos primeiros 6 meses de 2023, média até o dia 26 de junho, caiu 15,1% quando comparado ao mesmo período de 2022, como ilustra a segunda Figura.
O interessante é observar que foi a primeira vez ao longo da série de 10 anos que o preço do bezerro caiu pelo segundo ano consecutivo, já que a média em 2022 ficou 5,6% menor que o valor nominal praticado na primeira metade de 2021, como destacam os dados da segunda Figura.
A Figura apresenta dados da variação do preço nominal do bezerro (Cepea, Mato Grosso do Sul) no 1º semestre, entre 2015 e a parcial de 2023 (média até o dia 26).
Assim como destacamos para o boi gordo, apesar da queda em 2023, fato esperado devido a fase do ciclo pecuário de longo prazo, os movimentos de alta superam as quedas. Nos anos de 2020 e 2021, por exemplo, o preço da categoria de reposição acumulou alta de 41,8% e 64,1%, respectivamente.
Isso mostra que o mercado pecuário segue um movimento de valorização em um super ciclo de alta, onde as quedas acumuladas são proporcionalmente menores que os movimentos de queda. O importante é estar atento aos custos de produção, pois como temos discutido, valores mais altos da venda de bezerro não implicam, necessariamente, em melhores margens.
A expectativa, assim como para o preço do boi gordo, é que a reposição apresente um melhor cenário de preço na segunda metade de 2023.
Fonte: Farmnews