O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 16,81% de janeiro a outubro de 2020. No período, o PIB teve alta para todos os segmentos do agronegócio: 4,12% para os insumos, 40,08% para o primário, 4,47% para a agroindústria e 14,74% para os agrosserviços. Os cálculos são Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A CNA informa em boletim que o PIB do agronegócio cresceu lentamente em abril e em maio, por causa dos impactos negativos da pandemia sobre diferentes atividades do setor; mas, de junho em diante, o cenário foi marcado por recuperação e aceleração do crescimento do PIB.
No mês de outubro, o PIB se manteve praticamente estável para o segmento de insumos (-0,04%) e cresceu para os demais segmentos: 5,98% para o primário, 1,07% para o agroindustrial e 2,33% para o de agrosserviços.
O principal destaque foi o segmento primário (dentro da porteira), com alta mensal de 5,98% em relação a outubro de 2019, e avanço de 40,08% de janeiro a outubro do ano passado frente ao mesmo período de 2019. A CNA e o Cepea explicam que o crescimento reflete a alta de preços, puxada pelo aumento de demanda doméstica e externa e alta do câmbio, safra recorde de grãos e a expansão da produção de suínos, aves, ovos e leite.
Já o PIB pecuário cresceu 1,98% em outubro, acumulando alta de 21,95% de janeiro a outubro, com maiores preços das proteínas animais. “Entretanto, o forte aumento nos custos de produção tem afetado negativamente as margens dentro da porteira e dificultado os investimentos na produção”, ponderam. Os insumos de alimentação também ficaram mais caros, uma vez que os grãos alcançaram patamares recordes de preços e, no caso da bovinocultura de corte, houve fortes elevações dos preços do bezerro e do boi magro.
Fonte: Broadcast