Participação do setor no PIB total do país deve se manter em torno de 30% no ano, projeta estudo realizado por Cepea e CNA
Com novo avanço no segundo trimestre de 2021, o PIB do agronegócio brasileiro acumula alta de 9,81% no primeiro semestre, apontaou levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A participação do setor no PIB total deve se manter em torno de 30% no ano, projeta o estudo. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem dos resultados observados para o ramo agrícola, tendo em vista que o pecuário caiu no balanço do primeiro semestre de 2021.
O PIB agrícola cresceu 14,46% nos seis primeiros meses de 2021, com altas importantes para todos os segmentos. O Cepea indica que a agricultura se destacou impulsionada pelos altos preços. No entanto, o avanço dos custos com insumos e as quebras de produção em diferentes culturas, devido ao clima, limitaram o avanço.
Conforme os pesquisadores, a recuperação da produção agroindustrial e o forte resultado dos agrosserviços também chamaram a atenção. Já no ramo pecuário, o PIB recuou 2,18% no semestre, influenciado especialmente pelo aumento expressivo dos custos com insumos.
Dentro da porteira, o PIB cresceu de forma modesta, tendo em conta as fortes elevações dos preços dos animais vivos e do leite. Além disso, pesquisadores do Cepea ressaltam que pesou a menor produção de bovinos no campo – atividade de maior representatividade no PIB do segmento –, que se contrapôs aos aumentos nas produções de frango e suínos.
Já na agroindústria pecuária, o cenário foi similar, mas com intensidade ainda maior, o que fez o PIB recuar no semestre. “Em geral, as elevações das matérias-primas não puderam ser repassadas em mesma medida aos preços negociados, diante da fragilização da demanda doméstica, causando um estreitamento das margens. Além disso, o abate de bovinos reduziu devido à escassez de bois no campo”, destacou o Cepea.
Fonte: Globo Rural