As escalas de abate em algumas unidades frigoríficas estão apertadas, o que colaborou para uma presença mais ativa dos compradores, informa a S&P Global
Nesta terça-feira (10/10), o volume de negócios no mercado físico do boi gordo registrou aparente melhora, resultado das novas altas na arroba reportadas ao longo do dia em algumas importantes praças brasileiras, informa a S&P Global Commodity Insights.
“A oferta de animais prontos para abater continua muito enxuta, o que possibilita novas correções de preços diante da firme procura”, reforçam os analistas da consultoria.
As escalas de abate em algumas unidades frigoríficas estão apertadas, o que colaborou para uma presença mais ativa de compradores, que procuram garantir o preenchimento de suas programações ao menos até o final da próxima semana, acrescenta a S&P Global.
Entre as principais regiões pecuárias do Brasil, destaque para a região do interior paulista, onde, segundo apuração da S&P Global, já há registros pontuais de negócios para o boi gordo em torno de R$ 250/@ (valor bruto), dependendo da localização, tamanho do lote e acabamento (rendimento de carcaça).
Nas praças do Paraná e do Rio Grande do Sul, o firme ritmo dos embarques de carne bovina e a escassez de oferta de boiada gorda seguem favorecendo os movimentos de recuperação dos preços da arroba, informa a S&P Global.
Em regiões do Norte do País, o dia também foi de ajustes nos preços dos animais terminados, possibilitando uma maior fluidez dos negócios, com escalas sendo preenchidas até o dia 20 de outubro, relata a mesma consultoria.
Segundo a S&P Global, a baixa disponibilidade de gado gordo neste período do ano deve-se não apenas ao período de entressafra do “boi de capim” no Brasil, mas também pelo menor alojamento de boiada nos confinamentos, efeito da falta de perspectiva de margens minimamente positivas vista no começo deste ano.
“Boa parte dos frigoríficos exportadores chegou a se precaver para este período (de ofertas bastante reduzidas de animais prontos nos balcões de negócios), caso contrário as altas na arroba seriam ainda mais intensas”, observa a S&P Global.
No atacado, os preços dos principais cortes bovinos registraram novos aumentos nesta terça-feira, apurou a consultoria.
“O menor ritmo dos abates, a oferta mais enxuta de mercadoria nas câmaras frias e as altas nas cotações das carnes concorrentes (frango e suíno) são fatores de suporte aos preços da carne bovina”, justificam os analistas.
Cotações máximas de machos e fêmeas na terça-feira, 10/10
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 231/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 204/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 200/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca R$ 187/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 212/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 207/@ (à vista)
vaca a R$ 197/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 219/@ (à vista)
vaca a R$ 186/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 209/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 209/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 205/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 200/@ (à vista)
Fonte: Portal DBO