Em apenas um ano, portfólio imobiliário da companhia agrícola valorizou 75%, alcançando R$ 6,9 bi
A disparada dos preços internacionais de soja e algodão chegaram de forma retumbante às terras da SLC, para alegria da família Logemann. A companhia controlada pelos gaúchos acaba de divulgar o novo laudo de terras, apontando uma impressionante valorização de 75,2% em apenas um ano R$ 3 bilhões a mais.
Os números divulgados pela SLC surpreenderam até os mais otimistas, que calculavam uma valorização da ordem de 35% já considerando o momento favorável para a agricultura. “Isso só demonstra o momento espetacular que o agro vive”, disse um analista de um banco estrangeiro.
As terras da SLC foram avaliadas pela Deloitte em R$ 6,9 bilhões. No ano anterior, as propriedades valiam R$ 3,9 bilhões. Considerando o valor médio por hectare agricultável, o salto anual foi de 85%, escalando de R$ 19,3 mil para R$ 35,7 mil. No período, a saca de soja em reais quase dobrou.
Um gráfico apresentado pela companhia agrícola dá uma medida da evolução desde 2007, quando o grupo abriu capital. A valorização anual média das terras foi de 32,9%.
O novo cálculo do valor das terras pode abrir uma discussão sobre o valor de mercado da SLC, teoricamente subavaliado à luz dos ativos detidos pelo grupo. Descontando as dívidas, o valor dos ativos (NAV, no jargão do mercado) da SLC chega a quase R$ 8,5 bilhões, o equivalente a R$ 44 por ação. Em bolsa, a SLC vale R$ 7,8 bilhões, com a ação negocia a R$ 40.
Recentemente, a SLC se consolidou a maior produtora de grãos do país com o arrendamento das fazendas da Terra Santa propriedades que não entram para o valor do portfólio de terras do grupo, é claro.
A família Longemann detém 52,98%. A gestora britânica Odey possui 9,13%. Em 2021, os papéis da companhia valorizaram 51%.
Fonte: Valor Econômico