O motor do Brasil parou? O que aconteceu como agronegócio no PIB do1º trimestre

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A queda de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no primeiro trimestre de 2022 na comparação com igual período de 2021 acendeu uma luz amarela no setor produtivo. Os números preocupantes, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), vão reforçar as demandas dos produtores junto ao governo por um Plano Safra 2022/23 com melhores condições de juros para estimular o aumento da produção, principalmente de itens do consumo doméstico, e ainda “salvar o ano”. 

Na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e os últimos três meses do ano passado, o setor teve recuo de 0,9%, enquanto a mediana de projeções de economistas apontava para uma alta de 1%. 

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deverá rever as projeções de crescimento do setor para 2022, que estavam em 3,5%. O chefe do Núcleo Econômico da entidade, Renato Conchon, diz que a revisão não deve ser tão forte, mas admite que os dados do primeiro trimestre poderiam ser melhores. 

“O indicador é bom, mas preocupa, acende a luz amarela. Se nada for feito, o cenário tende a piorar”, afirmou. 

Apesar de o IBGE apontar o impacto da seca nos resultados da safra de soja no Sul e em Mato Grosso do Sul, a CNA diz que o cenário de alta nos custos de produção e de queda no poder de compra da população retraiu o plantio de itens de consumo interno, como os hortifrúti. 

“As culturas que não são commodities estão sofrendo mais. O aumento do custo de produção é global, e como a produção vai para o mercado doméstico, onde a queda da renda está restringindo o consumo de muitos produtos, o produtor optou por não plantar, está com pé no freio”, afirmou Conchon. 

Sem o fôlego do consumidor para pagar mais caro houve redução de área plantada de produtos como arroz (12%), batata inglesa (4,1%) e tomate (5,2%). A mandioca teve estabilidade no cenário de todo o Brasil, mas no Paraná, segundo principal produtor, o plantio foi 13% menor nos três primeiros meses deste ano na comparação com 2021. Milho e soja, por outro lado, tiveram altas de 4,2% e 8,1%.

A área menor gerou quedas na produção de mandioca (2,7%), batata (5,5%), tomate (7,8%) e uva (12,2%). 

“A preocupação é como esse aumento do custo e queda na renda estão influenciando em menor plantio e menor produção. Isso vai continuar influenciando negativamente tanto na inflação de algumas culturas e pressão para o preço. Por isso é importante, como país, adotar políticas expansionistas de produção”, ressaltou Conchon. 

A principal medida aguardada pela CNA é um Plano Safra 2022/23 com condições acessíveis para aumentar a produção em geral, o que vai exigir um imenso esforço fiscal e orçamentário do governo. Segundo Conchon, levantamentos feitos em Mato Grosso e no oeste da Bahia revelaram que alguns produtores estão buscando financiamentos de custeio a taxa entre 17% e 19%, o que retira a competitividade da produção.

“Precisamos de um Plano Safra que contemple a necessidade do setor nesse momento, com mais crédito equalizado para produtor ter condição de tomar financiamento em volume adequado para ampliar a área e ter pacote tecnológico arrojado, dado aumento do custo de produção e aumento de juros”, disse o economista. “Senão vamos para política restritiva, de reduzir produção”.

Se a conjuntura for favorável, a CNA ainda prevê que o setor agropecuário pode ganhar participação no PIB nacional, chegando a 8,1% neste ano, número “historicamente alto”, segundo Conchon.

As apostas são nos bons resultados das colheitas de algodão, milho segunda safra, cana-de-açúcar, café e laranja entre o segundo e o terceiro trimestres.

Fonte: Valor Econômico

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