Nova tecnologia da Embrapa estimula reciclagem de dejetos animais

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Pesquisadores da Embrapa Agroenergia, com sede em Brasília, desenvolveram dois catalisadores metálicos para a produção de carbono e hidrogênio a partir do biogás. As tecnologias têm vida útil maior que as já existentes por serem compostas de metais de terras raras.

O desenvolvimento das tecnologias pode estimular a reciclagem dos dejetos animais, já que um dos métodos de obtenção do biogás no país baseia-se na digestão anaeróbica dos rejeitos. No Brasil, as técnicas de geração de biogás incluem também o uso de biomassa florestal, de resíduos de hortifrúti e até efluentes da cultura do dendê.

Ambos os catalisadores foram aprovados em testes de laboratório, de pequena escala, e aguardam parceiros interessados em finalizar a tecnologia e testá-la em plantas industriais.

O hidrogênio obtido com uso do catalisador, por exemplo, pode ser empregado em vários processos industriais, como produção de amônia, refino do petróleo, metalurgia e indústria de alimentos. Já o monóxido de carbono é matéria-prima para indústrias como a química e a farmacêutica, entre outras.

“O gás de síntese, que é a mistura de hidrogênio e monóxido de carbono, pode ser obtido também de fontes renováveis e usado para a produção de energia e de combustíveis líquidos. Uma forma de obtenção desse gás a partir de fontes renováveis é a reforma do biogás. O gás de síntese possui diversas aplicações, como a produção de hidrocarbonetos, metanol e hidrogênio”, diz o pesquisador Emerson Schultz, que liderou o desenvolvimento dos catalisadores.

A conversão do biogás em gás ocorre em altas temperaturas, entre 700º e 800º C. Os componentes do biogás passam por um catalisador que aumenta a velocidade das reações químicas.

“Acreditamos que o hidrogênio verde obtido a partir da reforma do biogás possa desempenhar importante papel na obtenção de vários outros produtos, como a amônia verde, por exemplo”, disse a pesquisadora da Embrapa, Itânia Soares.

Fonte: Valor Econômico

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