Segundo o Cepea, os preços deste começo de 2024 estão bem abaixo dos verificados há um ano
Enquanto a produção brasileira de milho deve ser menor neste ano, o consumo interno pode crescer, sobretudo por parte dos setores de proteína animal e da pujante indústria de etanol produzido a partir do cereal no País.
Segundo pesquisadores do Cepea, um possível equilíbrio entre oferta e demanda deve vir com o recuo nas exportações as vendas externas podem ser limitadas pelo menor excedente doméstico.
Os preços deste começo de 2024, por sua vez, estão bem abaixo dos verificados há um ano, contexto que reduz as margens e que, somado às incertezas quanto aos impactos do El Niño sobre a produtividade, diminui o interesse de agricultores pela semeadura de milho alguns já sinalizam que não devem aumentar a área. Na B3, os valores futuros apontam patamares maiores no segundo semestre.
SOJA: oferta ampla pode limitar valorizações em 2024
A área mundial semeada com soja cresceu pela quarta temporada seguida, gerando expectativas de novo recorde de oferta na safra 2023/24. Desde a temporada 2019/20, a área global cresceu 12,6% e a produtividade, 4%, segundo dados do USDA. Com isso, a produção mundial deu um salto de 16,8%.
A demanda também segue avançando, mas em ritmo inferior à oferta: em quatro anos-safras, o consumo total de soja cresceu 6,7%. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário pode limitar variações positivas de preços no curto prazo.
Vale lembrar que as estimativas do USDA para a temporada 2023/24 ainda devem passar por ajustes e que os dados apontados pelo Departamento estão acima dos estimados por consultorias privadas.
No Brasil, a colheita já está em andamento, mesmo que em ritmo lento, mas os impactos do El Niño sobre a produção começam a ser evidenciados. Diante disso, muitos agentes acreditam em reajustes negativos nos dados de produção do USDA nos próximos relatórios.
Fonte: Cepea
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