Analista orienta venda para quem tem grão disponível com o objetivo de fazer caixa para altos custos da próxima safra
Agosto começou com algum movimento de queda nos preços do milho no Brasil refletindo o início do ganho de ritmo da colheita da segunda safra em diversas regiões produtoras. Porém, o canário de escassez de oferta ainda mantém as cotações em patamares historicamente elevados.
Esta restrição de volumes deve permanecer presente no mercado até a chegada da segunda safra de 2022, uma vez que, mesmo diante da perspectiva de ampliação do plantio de verão, a produção ainda não será suficiente para atender toda a demanda.
Uma vez que os preços do cereal estão positivos e os custos de produção para os próximos ciclos seguem aumentando, o analista da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, destaca que é um bom momento para o produtor vender milho que está estocado para se capitalizar e conseguir melhores condições de compra de insumos como pagamentos à vista e antecipados, garantindo assim safras mais baratas no próximo ano.
Já para o setor consumidor do milho, os produtores de proteínas animais, a recomendação é ficar atento à safra dos Estados Unidos. Galvão aponta que na segunda quinzena de agosto a safra norte-americana deixará de ser uma dúvida e passará a ser uma certeza sobre o seu tamanho, e uma safra grande pode representar os únicos volumes disponíveis no mercado até a próxima safrinha brasileira.
Fonte: Noticias Agrícolas