A segunda-feira (17) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR (1,09% e preço de R$ 46,50), Cascavel/PR, Cafelândia/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Brasília/DF, Eldorado/MS, Campinas/SP (1,69% e preço de R$ 60,00), Porto Paranaguá/PR (1,82% e preço de R$ 56,00), Castro/PR, Palma Sola/SC, Maracaju/MS, Não-Me-Toque/RS, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Porto Santos/SP (7,14% e preço de R$ 60,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a semana anterior foi de mais uma alta consecutiva do milho no mercado físico em São Paulo. “O Mato Grosso finalizou a colheita, enquanto os demais estados estão na reta final dos trabalhos”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho seguem avançando no mercado interno, influenciados pela baixa oferta do cereal no spot.
“Apesar de a colheita da segunda safra estar acelerada, produtores priorizam a entrega do milho já contratado e postergam novas negociações, à espera de valores ainda maiores. Nesse ambiente, demandantes domésticos e exportadores acabam elevando suas ofertas de compra”.
Na sexta-feira, 14, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, região de Campinas (SP), atingiu R$ 55,51/saca de 60 kg, elevação de 5,3% em relação à sexta anterior. A média da parcial de agosto (até o dia 14) é de R$ 53,40/sc, 7,5% acima da de julho e a segunda maior deste ano.
B3
Os preços futuros do milho também começaram a semana subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 2,94% e 3,73% por volta das 16h35 (horário de Brasília).
O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 60,20 com alta de 3,08%, o novembro/20 valia R$ 59,80 com valorização de 3,73%, o janeiro/21 era negociado por R$ 59,50 com ganho de 2,94% e o março/21 tinha valor de R$ 57,93 com elevação de 3,54%.
Sustentando os contratos do cereal brasileiro, o dólar também registrou um dia de alta com a moeda americana subindo 1,55% e sendo cotada à R$ 5,50 por volta das 16h40 (horário de Brasília).
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de agosto.
Nestes 10 dias úteis do mês, o Brasil exportou 3.505.622,9 toneladas de milho não moído, volume que representa 71,64% de aumento com relação ao registrado na primeira semana do mês e 84% do total registrado no último mês de julho. Com isso, a média diária de embarques ficou em 350.562,3 toneladas, patamar 94% maior do que a média do mês passado.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 5,34% maior do que as 332.793,78 do mês de agosto de 2019.
Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 568.845,3 milhões no período, contra US$ 1,246 bilhão de agosto do ano passado. Na média diária, esta semana contabilizou aumento 0,43% ficando com US$ 56.884,5 contra US$ 56.641,1 do ano passado.
Já o preço por tonelada obtido registrou decréscimo de 4,66% no período, saindo dos US$ 170,2 do ano passado para US$ 162,3 neste mês de agosto.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) contabilizou novos ganhos para os preços internacionais do milho futuro nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 6,50 e 7,50 pontos ao final do dia.
O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,31 com elevação de 6,50 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,44 com alta de 6,75 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,56 com valorização de 7,50 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,64 com ganho de 7,50 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 2,16% para o setembro/20 e de 1,78% para o dezembro/20, de 2,01% para o março/21 e de 2,25% para o maio/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho registraram um pico de um mês sustentado pelos danos generalizados da tempestade da semana passada e ventos com força de furacão que impactaram cerca de 38 milhões de acres de terras agrícolas em todo o meio-oeste dos Estados Unidos.
Ao final da tarde desta segunda-feira o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vai atualizar seus números de qualidade das lavouras norte-americanas e espera-se uma redução na porcentagem de lavouras em boas e excelentes condições após a tempestade de ventos Derecho.
Fonte: Noticias Agrícolas