Milheto é uma opção para períodos de clima instável

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Híbrido de milheto se apresenta como opção rentável para a 2ª safra devido ao atraso no plantio da soja

O atraso nas chuvas, períodos prolongados de estiagem e elevadas temperaturas na região Centro-Oeste estão impactando negativamente o plantio da soja na safra 2023/2024. Essa situação compromete o período ideal para o plantio do milho, sendo fundamental que todas as culturas sejam semeadas dentro da época recomendada para otimizar a produtividade.

Diante desse cenário desafiador, os agricultores estão buscando alternativas que assegurem alta produtividade e protejam a rentabilidade na segunda safra. Conforme dados do PlantUP, plataforma de auxílio à tomada de decisões no campo, na safra 2022/2023, os produtores cadastraram 668,6 mil hectares de milho na região Centro-Oeste. Contudo, a produtividade foi diretamente afetada pelo distanciamento do período ideal de plantio. A plataforma destaca que, quanto mais distante do período recomendado de plantio, pior é o desempenho. No intervalo de 21 a 25 de fevereiro, a média de produtividade foi de 112,5 sacas por hectare. Entretanto, de 16 a 20 de março, esse número decresceu para 80,4 sacas por hectare, representando uma queda significativa de mais de 30 sacas.

Frente a essa realidade, com a abrupta diminuição da produtividade do milho devido ao plantio fora da janela ideal, os agricultores precisam agora buscar alternativas para garantir uma segunda safra rentável e de alta produtividade, uma vez que essa queda vertiginosa não cobre os custos associados à produção.

Em novembro deste ano, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou um estudo apontando tendências de aumento na produção e na busca por alimentos de alto desenvolvimento, mesmo diante de desafios climáticos como a escassez de chuvas.

A FAO destacou o milheto como um exemplo significativo dessa tendência. A cultura, amplamente adaptada e com alto valor nutricional, foi inicialmente citada em contexto africano, onde o cultivo de milho enfrenta dificuldades em regiões com menor disponibilidade de água. No comunicado, a FAO observou que agricultores africanos estão buscando alternativas, como o milheto, mais adequadas às condições de baixa pluviosidade.

O milheto se destaca por sua elevada produtividade, atingindo de 40 a 50 sacas por hectare, além de grãos de alta qualidade e liquidez, favorecidos por sua baixa necessidade hídrica. Suas raízes profundas contribuem para a extração eficiente de nutrientes, tornando-o uma opção viável em períodos de estresse hídrico. Além disso, o milheto combate o nematoide (Pratylenchus brachyurus), que ataca as raízes das plantas, prejudicando a produtividade de culturas subsequentes, como a soja.

Outra vantagem significativa do milheto é sua resistência ao ataque da cigarrinha, uma praga prejudicial ao milho, capaz de causar prejuízos consideráveis em toda a lavoura se não for controlada.

Em um cenário promissor para a cultura do milheto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconheceu o grão como alimento integral em 2021, possibilitando seu uso na alimentação humana. A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 493/2021 estabeleceu normas para a rotulagem de alimentos integrais comercializados, uma padronização inédita no Brasil. Esses fatores impulsionam o plantio dos Híbridos de Milheto Graníferos ADRG 9060 e ADRG 9070, desenvolvidos pela ATTO Sementes, que surgem como soluções seguras, rentáveis e de baixo risco em comparação a outras culturas.

Fonte: Agrolink

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