Produtores seguem vencendo a queda de braço com as indústrias, já que os preços da arroba se mantêm em patamares elevados; no interior de SP, animal macho está cotado em R$ 337/@, informa a Scot Consultoria
O mercado brasileiro do boi gordo segue travado, registrando poucos negócios nas principais praças brasileiras.
Com isso, os preços da arroba continuam estáveis na maioria das regiões do País, estacionados ainda em patamares bastante elevados.
Segundo dados apurados nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, no mercado do interior de São Paulo, a referência para arroba do boi gordo acumula 16 dias seguidos de estabilidade.
Dessa maneira, o animal macho terminado está sendo negociado em R$ 337/@ nas praças paulistas, enquanto a vaca e a novilha gordas estão valendo em R$ 303/@ e R$ 325/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com a Scot.
Ainda em São Paulo, as escalas de abate dos frigoríficos atendem, em média, cinco dias, acrescenta a consultoria.
Na avaliação da IHS Markit, o mercado brasileiro do boi gordo segue em ritmo de cautela, em ambas as pontas do setor.
Do lado dos compradores, diz a IHS, as vendas de carne bovina no mercado doméstico seguem fracas, efeito de um consumo interno prejudicado por fatores macroeconômicos (inflação, desemprego, entre outros).
Com isso, as indústrias frigoríficas adotam estratégias operacionais que visam conter a formação de estoques excedentes, buscando um maior equilíbrio entre oferta e demanda, sem que seja necessário reduzir os preços da mercadoria ao consumidor final.
“De certa forma, a indústria busca regular o ritmo de suas aquisições de gado, já que dificilmente as unidades de abate conseguem emplacar novos negócios a preços abaixo das máximas vigentes”, observam os analistas da IHS Markit.
Nesse contexto, o papel das exportações vem sendo crucial, sobretudo nas plantas frigorificas que possuem maior participação no mercado externo, acrescenta a consultoria.
No lado de dentro das porteiras, além da baixa oferta de animais prontos para abater, muitos pecuaristas seguram lotes no campo em função das boas condições de pasto em algumas regiões do Brasil.
Neste momento, o objetivo dos pecuaristas é barganhar preços ainda mais alto pela arroba do boi, já que os custos de produção e reposição também seguem nas alturas.
Dessa maneira, ressaltam os analistas, a produção de carne bovina segue equalizada com a demanda.
Cotações máximas desta quarta-feira, 2 de fevereiro, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 340/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 318/@ (à vista)
vaca a R$ 305/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca R$ 307/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 330/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 284/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 279/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 292/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista
Fonte: Portal DBO