Fertilizantes nitrogenados e potássicos caem em novembro; fosfatados ficam estáveis

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De acordo com relatório do Itaú BBA, relação de troca por produtos se manteve favorável ao produtor rural

Os preços dos fertilizantes no Brasil mantiveram-se relativamente estáveis em novembro. A avaliação é do Itaú BBA. Relatório mensal divulgado pelo banco mostra queda de preços de nitrogenados e potássicos e estabilidade nos fosfatados. Para os analistas, a relação de troca por produto agrícola permaneceu vantajosa para o produtor rural.

No mercado de nitrogenados, os preços da ureia caíram 7% nos portos brasileiros em novembro, após registrarem uma alta de 2% em outubro. Segundo os analistas, a demanda global por nitrogenados parece ter diminuído, com quedas recentes nos países produtores do Oriente Médio. No entanto, um possível leilão de compra de fertilizantes pela Índia, que concentra uma parte significativa das importações mundiais, pode manter as cotações mais firmes no curto prazo.

Os preços dos fosfatados e, em especial, do MAP (fosfato monoamônico), se mantiveram estáveis em outubro e novembro, embora ainda estejam próximos das máximas do ano. Os preços elevados se justificam, segundo o relatório, a uma “limitação da oferta internacional, ainda prejudicada pelos problemas de logística relacionados aos ataques terroristas a embarcações no Mar Vermelho”. Apesar disso, o relatório aponta que, embora os preços se mantenham altos, há uma tendência de maior estabilidade, com menos espaço para novos aumentos.

No caso dos potássicos, os preços caíram 1% até o dia 20 de novembro, após um mês de estabilidade em outubro, e seguem próximos das mínimas do ano, sem grandes variações, devido à oferta da Rússia e da América do Norte, suficientes para atenderem à demanda global.

Relação de troca

Apesar da estabilidade dos preços dos fertilizantes, as relações de troca para os produtores rurais se tornaram mais favoráveis, especialmente para culturas como milho e boi. No caso do milho safrinha, a relação de troca com o MAP passou de mais de 61 sacas por tonelada em julho para cerca de 49 sacas por tonelada atualmente.

A melhoria na relação de troca, aliada ao atraso nas vendas de fertilizantes para o milho safrinha, pode acelerar as compras nas próximas semanas, aponta o relatório. Até 15 de novembro, 72% das vendas de fertilizantes para a safra de milho foram realizadas, contra uma média histórica de 77%, o que indica um possível aumento nas transações nos próximos dias.

Fonte: Globo Rural

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