Exportações sinalizam retomada enquanto oferta desacelera

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Após dois meses de fortes quedas nos embarques causado pelo caso atípico de EEB, as exportações voltaram a dar sinais de recuperação em maio e nos dados parciais de junho.

Em maio, o volume exportado registrou aumento de 43% com relação ao mês anterior e foi o maior desde novembro/22. Dados parciais de junho até a segunda semana mostram novo aumento no comparativo anual de 44% nos embarques diários de carne bovina in natura. Este cenário tem corroborado para encurtar as escalas de abate da indústria e elevando o interesse por novas compras.

O mercado chinês se mantém como principal mercado importador e mesmo com a retomada dos embarques, o volume comprado no acumulado desse ano ainda é 14% menor que o mesmo período do ano anterior. Vale lembrar que 47% das exportações é apenas para atender a demanda chinesa. Com isso, as exportações totais brasileiras no acumulado até maio apresentaram queda de 9,5% em volume e 25% em faturamento no comparativo anual. Tendência de demanda sustentada no curto prazo, com os importadores chineses se organizando para o feriado da Golden Week em outubro.

Com relação aos preços do boi gordo, o cenário de desvalorização persistente mesmo com o retorno das exportações para China se deve ao movimento generalizado de abate de fêmeas, maior estoque de machos e demanda doméstica ainda considerada fraca para o período. Dados do Imea mostram que em maio, pelo quarto mês seguido, a participação média das fêmeas nos abates superou a dos machos e chegou a 52,6%. A média dos últimos dois anos foi de 39,1% e 37,3%, respectivamente. 

Para os próximos meses, a tendência sazonal de menor oferta de fêmeas para abate somado a queda na atratividade para o primeiro giro do confinamento (por conta dos preços futuros ainda considerados baixos), podem desacelerar a oferta e favorecer os preços do boi gordo. Porém, o consumo doméstico deve se manter como principal desafio do setor. Entendemos que a tendência de perda de poder de compra deve se manter nesse ano, mesmo com maior oferta e preços menores de carne bovina, o que não deve permitir recuperação do consumo per capita. Em termos de fundamento pode ser um fator de pressão negativa nas cotações do boi gordo.

Pontos de Atenção:

Avanço da gripe aviária de alta patogenicidade no Brasil ainda segue restrito a aves selvagens, mas já atinge 39 casos em cinco estados (ES, RJ, BA, SP e RS). Medidas de prevenção tem sido intensificadas, mas o poder disruptivo desse evento é alto por ser a proteína animal mais consumida do país e, o Brasil ser o maior exportador do mundo.

Forte retomada das importações da China corroboram para cenário de escalas de abate mais curtas. E tendência de desaceleração na oferta de fêmeas no 2° semestre somado a desestímulos para entrada de gado no confinamento podem elevar as cotações do boi gordo no mercado local. 

Fonte: Rabobank

Facebook
Twitter
LinkedIn
Print
Email
WhatsApp

Autor

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *