EUA: dados fracos de exportação derrubam preço dos grãos em Chicago

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Os grãos negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda nesta quinta-feira.

Os números fracos de exportação nos Estados Unidos foram o gatilho para que os operadores deflagrassem uma correção de preços nos contratos futuros de soja, milho e trigo.

Depois de três altas seguidas, o contrato da soja com vencimento em maio, o mais negociado atualmente, recuou 1,05% (18 centavos de dólar), a US$ 17,0075 o bushel, enquanto a posição seguinte, julho, caiu 0,96% (16,25 centavos), a US$ 16,8225 o bushel.

Durante o pregão, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as vendas líquidas de soja somaram 412,2 mil toneladas na semana encerrada em 17 de março, volume 67% menor que o da semana anterior e 70% inferior à média das últimas quatro semanas. Já os embarques americanos caíram 23% na última semana, para 549,2 mil toneladas.

A AgResource apontou que os fundos de investimento já estão em fase adiantada de ajustes de posições nos grãos, à espera do relatório de perspectiva de safra nos EUA, em que o USDA informará sua nova previsão para a área plantada no país no ciclo 2022/23. O documento será publicado na próxima quinta-feira. “Os investidores estão fortemente comprados nos grãos e um ajuste já era esperado antes da divulgação do relatório”, disse a AgResource à Dow Jones Newswires. “As cotações de milho, soja e trigo estão perto dos recordes para um mês de março. Se o relatório do USDA trouxer dados que indiquem mais baixas, isso poderá provocar algumas quedas acentuadas”, acrescentou.
 

Milho

No mercado do milho, os futuros com entrega em maio, os mais negociados atualmente, caíram 1,25% (9,50 centavos de dólar), a US$ 7,4825 o bushel. A posição seguinte, para julho, fechou em queda de 0,85% (6,25 centavos), a US$ 7,2850 por bushel.

O USDA reportou vendas líquidas de milho de 979,5 mil toneladas na semana até o último dia 17, uma queda de 47% em relação à semana anterior e volume 29% inferior à média das últimas quatro semanas. Já os embarques cresceram 17% de uma semana para a outra, somando 1,4 milhão de toneladas.

Declínio na sessão de hoje à parte, o mercado do milho seguirá monitorando as intenções de áreas para os grãos nos EUA na safra 2022/23 e, também, o desenvolvimento da safra na América do Sul, que começa a ganhar contornos mais fortes no Brasil e Argentina.

No caso da safra argentina, a Bolsa de Buenos Aires reduziu em mais 2 milhões de toneladas sua projeção para a colheita do cereal no país, agora estimada em 49 milhões de toneladas. Caso a estimativa se confirme, a Argentina terá uma quebra de 3,5 milhões de toneladas, ou 6,7%, na comparação com o ciclo 2020/21.

Segundo a bolsa, a quebra é reflexo da baixa produtividade na colheita, registrada após a seca do fim de 2021 atingir importantes regiões produtoras do país. Até o momento, a colheita já ocorreu em 10,1% da área estimada para este ciclo, de 7,3 milhões de hectares.

Fonte: Valor Econômico

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